segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

"Educação ou o quê?" discute passividade de pais e escolas

"Educação ou o quê?", da socióloga e psicanalista Anna Verônica Mautner, surge em boa hora.
Por mais que seja louvável o tema "educação" se destacar em discussões políticas, religiosas e familiares, ao mesmo tempo, as escolas, a política, os religiosos e os familiares mostram-se um tanto perdidos a respeito de algumas diretrizes e fundamentos da prática.
Afinal, qual o limite entre um e outro? Quem é o responsável (ou deveria ser) pela construção ética e do saber de cada indivíduo? As tarefas devem ser divididas ou fica a cargo de somente um? Provas? Bullying? Sexualidade? Como definir tudo isso?
Na série de crônicas que compõe o livro, a autora discorre pensamentos sobre essas incertezas, e busca despertar e desenvolver uma reflexão melhor sobre o papel de cada personagem, que tanto a família quanto a escola são responsáveis pela formação de caráter e conhecimento das crianças e adolescentes, além de tecer uma análise sobre os motivos que apontam as coisas fora de seu devido lugar.
"A família e a escola são incubadoras de tudo aquilo que orienta os caminhos de cada um pela vida-esperanca. Esperança? Quando estudamos em uma escola onde os responsáveis interagem com uma vida prazerosa e reconfortante, podemos esperar do mundo coisas boas e criar utopias a partir do que vimos e conhecemos não só em casa, que é o ninho primeiro, mas também - e muito especialmente - na escola. A função de ampliar horizontes é da escola, onde encontramos informações e noção de possibilidades", escreve no primeiro texto da obra, "Educação e Imitação".
Deixando de lado a frustração e abrindo caminho para soluções, como sugere a autora, "pensar não se herda - desenvolve-se passo a passo no viver a vida e está na dependência direta da qualidade da relação entre as pessoas." 
"Educação ou o quê?"
Autora: Anna Verônica Mautner
Editora: Summus Editorial
Sociólogo e colunista da *Folha*, Marcelo Coelho, assina o prefácio
Sociólogo e colunista da Folha, Marcelo Coelho, assina o prefácio

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/saber/1016587-73-das-vagas-cortadas-pelo-mec-sao-ociosas.shtml

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