sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Regra das oito horas de sono pode ser mito

Padrão de sono segmentado em duas partes, que seria normal, foi sendo alterado por mudanças sócio-culturais

 

Dados científicos e históricos sugerem que a recomendação de oito horas ininterruptas de sono por dia pode ser baseada em um mito.
Segundo especialistas, o processo biológico natural prevê um sono segmentado em duas partes, mas o padrão foi aos poucos sendo alterado por transformações sócio-culturais.
No início da década de 90, o psiquiatra Thomas Wehr realizou uma experiência na qual um grupo de pessoas ficou em um ambiente escuro durante 14 horas por dia em um período de um mês.
Os voluntários precisaram de um tempo para regular o sono mas, na quarta semana, eles apresentaram um padrão de sono muito diferente: eles dormiam por quatro horas, acordavam durante uma ou duas horas e depois dormiam por mais quatro horas.
Além desta pesquisa, em 2001 o historiador Roger Ekirch, da Universidade Virginia Tech, publicou um estudo depois de 16 anos de pesquisa que revelou várias provas históricas de que o sono humano é dividido em dois períodos.
Quatro anos depois, Ekirch publicou o livro At Day's Close: Night in Times Past ("No Fim do Dia: A Noite no Passado", em tradução livre), que mostra mais de 500 referências a um padrão de sono segmentado, em diários, registros jurídicos, livros médicos e literatura, desde a Odisseia, de Homero, até um relato antropológico a respeito de tribos modernas da Nigéria.
Estas referências descrevem um primeiro período de sono que começava cerca de duas horas depois do anoitecer, seguido de um período em que a pessoa ficava acordada por uma ou duas horas e então um segundo período de sono.
"Não é apenas um número de referências, é a forma como é relatado, como se fosse de conhecimento de todos", disse Ekirch.

Atividade noturna

Na experiência de Wehr, durante o período de duas horas em que as pessoas ficavam acordadas, havia atividade. Estas pessoas se levantavam, iam ao banheiro ou fumavam e algumas até visitavam os vizinhos. A maioria das pessoas ficava na cama, lia, escrevia ou rezava.
Vários livros de orações do final do século 15 traziam preces especiais para as horas entre os períodos de sono. Estas horas nem sempre eram solitárias, as pessoas geralmente conversavam ou tinham relações sexuais.
Um manual médico da França do século 16 até aconselhava os casais que a melhor hora para conceber um filho não era no final de um longo dia de trabalho, mas "depois do primeiro sono".
Ekirch descobriu em sua pesquisa que as referências ao primeiro e segundo sono começaram a desaparecer no final do século 17. Isto começou nas classes sociais superiores do norte da Europa e nos 200 anos seguintes se espalhou para o resto da sociedade ocidental. E, por volta da década de 20, a ideia do primeiro e segundo sono já tinha desaparecido.
O pesquisador atribui esta mudança à melhoria na iluminação pública, na iluminação doméstica e a um aumento do número de cafeterias, que, em alguns casos, ficam abertas a noite inteira. A noite se transformou em um período de atividade normal e o tempo de descanso diminuiu.

Noite, crime e luz

O historiador Craig Koslofsky, tem uma explicação para como a noite mudou, em seu liro Evening's Empire ("Império da Noite", em tradução livre).
"Antes do século 17, as associações feitas com a noite não eram boas", afirmou o historiador. Segundo Koslofsky, a noite era um período ocupado por criminosos, prostitutas e bêbados.
"Mesmo os ricos, que podiam pagar pela luz das velas, tinham coisas melhores nas quais gastar o dinheiro. Não havia prestígio ou valor social associados à noite."
Mas, tudo começou a mudar na época da Reforma e da Contra Reforma, no século 16, quando protestantes e católicos começaram a participar de cerimônias noturnas. Esta tendência se espalhou pela esfera social, mas apenas para aqueles que tinham dinheiro para pagar por velas.
Mas, com o início da iluminação pública, as atividades noturnas começaram a se espalhar por todas as classes. Em 1667, Paris se transformou na primeira cidade do mundo a ter luzes nas ruas. Lille ganhou sua iluminação com velas no mesmo ano e Amsterdã, dois anos depois.
Londres ganhou suas luzes em 1684 e, no final daquele século, mais de 50 grandes cidades da Europa contavam com iluminação noturna. A noite virou moda e passar estas horas na cama era visto como perda de tempo. E, segundo o pesquisador Roger Ekirch, a Revolução Industrial intensificou ainda mais este processo.
Um livro médico de 1829 pede que os pais obriguem suas crianças a não seguirem o padrão do primeiro e segundo período de sono, por exemplo.

Preferência

Nos dias de hoje a maioria das pessoas parece ter se adaptado ao padrão de oito horas ininterruptas de sono, mas Erkich acredita que muitos problemas do sono podem ter suas raízes na preferência natural do corpo humano por um período de sono dividido em períodos. E também à popularização da iluminação artificial. Esta parece ser a raiz do problema que acomete muitas pessoas que acordam durante a noite e não conseguem voltar a dormir.
"Na maior parte da evolução nós dormimos de uma certa forma. Acordar durante a noite é parte da fisiologia normal humana", afirmou o psicólogo do sono Gregg Jacobs.
A ideia de que precisamos dormir em um único período pode ser prejudicial à saude, segundo Jacobs, caso as pessoas que acordem à noite fiquem ansiosas.
"Muitos acordam durante a noite e entram em pânico. Digo a essas pessoas que isto é apenas uma volta ao padrão de sono segmentado", disse o neurocientista especialista em relógio biológico da Universidade de Oxford Russell Foster.
Mas, a maioria dos médicos não reconhece que o sono ininterrupto de oito horas pode não ser natural. "Mais de 30% dos problemas de saúde relatados por médicos têm origem direta no sono. Mas o sono tem sido ignorado em treinamentos médicos e existem poucos centros para o estudo do sono", afirmou Foster.

Por Stephanie Hegarty

Fonte:http://saude.ig.com.br/minhasaude/regra-das-oito-horas-de-sono-pode-ser-mito/n1597649227797.html







 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Preocupação com sono infantil existe há mais de um século

Há 100 anos, pais e médicos já se preocupavam se os filhos dormiam o bastante. Mas há poucas evidências da quantidade de horas ideal.

 Com computadores, televisores, celulares, trabalhos escolares e atividades extracurriculares onipresente na vida das crianças, os pais temem que seus filhos estejam tão ocupados que não consigam dormir o suficiente. Mas um estudo recente sugere que este não é um problema novo – e talvez nem seja um problema.

 

“As crianças estão dormindo menos do que costumavam, com redução do sono de cerca de 1,25 horas nos últimos 100 anos”, disse o coautor Tim Olds, professor de ciências da saúde no Instituto de Pesquisa em Saúde Sansom em Adelaide, na Austrália. No entanto, segundo ele, não está claro se esse tempo de sono está realmente fazendo falta às crianças. “Especialistas em saúde têm recomendado sempre que as crianças durmam mais do que costumam, independentemente de quanto tempo elas têm de sono”, explicou.

100 anos de pesquisa

Mesmo 100 anos atrás, os pais já achavam que seus filhos estavam dormindo menos que o necessário. Em sua revisão, Olds e seus colegas citaram um estudo de 1905 que dizia: “o estresse e a tensão da vida moderna demandam atividade cerebral aumentada. Para que as energias mentais possam durar mais, é óbvio que cérebro precisa descansar".
 


Foto: Getty Images 
Segundo os pesquisadores, provavelmente não há um período de sono ideal para todas as crianças. Cada uma funciona melhor com determinada quantidade

Em 1923, as coisas não tinham melhorado. Os pesquisadores descobriram este dado através de pesquisa em literatura da época: “a complexidade e a pressa da vida moderna não estão apenas afetando os padrões de sonos do adultos, mas também dos filhos”.
O curioso é que, independentemente das ameaças ao sono – livros escolares, rádio, televisão, internet – especialistas achavam que a única maneira de combater a “superestimulação” do cérebro causada pelas novas tecnologias era dormir.

Depois de analisar 100 anos de pesquisas, Olds e seus colegas encontraram 32 diferentes conjuntos de recomendações do sono. No entanto, os pesquisadores não foram capazes de encontrar qualquer evidência capaz de apoiar as recomendações para crianças dormirem mais tempo – nem hoje nem no passado.

Entre 1897 e 2009, a recomendação sobre o tempo sono teve queda de cerca de 0,71 minutos por ano. Coincidentemente, no mesmo período, a quantidade de sono que as crianças realmente obtinham caiu cerca de 0,73 minutos por noite por ano.
Em geral, os jovens sempre dormiram menos do que o que os especialistas do sono recomendavam. Os autores do estudo observaram que, em média, as crianças dormiam cerca de 37 minutos a menos do que era considerado ideal de acordo com as recomendações médicas da época.
Olds disse que provavelmente não existe um número de horas de sono ideal para todas as crianças.

"Há uma grande variabilidade no sono ideal entre crianças. Uma pode funcionar melhor dormindo sete horas e outra com 11 horas de sono", disse ele.
No estudo, os pesquisadores notaram que dormir tarde não significa necessariamente precisar de mais tempo de sono. Assim como as pessoas podem comer quando não estão com fome, as crianças podem dormir mais, mesmo se elas realmente não precisam, os autores explicaram.

Foto: Getty Images 
Poucos adolescentes dormem as nove horas recomendadas pelas diretrizes norte-americanas. E a maioria vai melhor na escola ao dormir sete horas


Nove horas de sono

Recentemente, pesquisadores da Brigham Young University (BYU) relataram que a maioria dos adolescentes entre 16 e 18 anos não dormem as nove horas que as diretrizes federais norte-americanas recomendam, e eles têm melhor desempenho na escola quando só dormem sete horas por noite.
Qual a explicação? Os pesquisadores da BYU observaram que as diretrizes federais atuais são baseadas em estudos em que os adolescentes foram simplesmente instruídos a continuar dormindo até se sentirem satisfeitos. “Se você usasse essa mesma abordagem para uma diretriz sobre o quanto as pessoas devem comer, você iria colocá-los em uma despensa bem abastecida e ver o quanto eles comiam até se sentirem satisfeitos”, afirma o pesquisador Mark Showalter, em comunicado da universidade.
Olds recomenda aos pais tentar “nivelar o sono entre os dias escolares e não escolares para evitar grandes oscilações de tempo”. Ele também disse que os pais devem estar atentos aos sinais de sonolência.
Segundo Edith Chernoff, médica de doenças crônicas no Hospital Infantil de La Rabida, em Chicago, sonolência diurna é um sinal importante que seu filho não está dormindo o suficiente.

“Avalie seus próprios filhos, e veja o quão bem eles estão durante o dia”, ela recomenda. Se eles estão com sono durante o dia ou início da noite, provavelmente não estão dormindo o suficiente.
Edith disse que os pais não precisam se preocupar se têm dificuldade para acordar os seus filhos no período da manhã. Isso não é necessariamente um sinal de poucas horas de sono. Segundo ela, se as crianças estão tendo muitos acessos de raiva e não querem ir para a cama, mas depois caem no sono rapidamente, provavelmente não estão dormindo o suficiente.

“Este estudo apontou que estamos todos preocupados com o sono das crianças, e que isso acontece há mais de 100 anos, apesar de nao sabermos com certeza a quantidade de sono suficiente”, disse Chernoff.
Os pais de hoje podem sentir que têm mais razão para se preocupar com todos os dispositivos ocupando o tempo livre de seus filhos. Mas, segundo Olds, as distrações de hoje provavelmente não são piores do que as do passado.

“O estudo do sono nos mostra que pais e educadores estão sempre preocupados com a nova tecnologia do momento: rádio, televisão, internet. Eu não acho que haja algo especialmente nocivo sobre a tecnologia de hoje além de sua onipresença, o que torna difícil para os pais policiar seu uso. Daqui a 20 anos, novas tecnologias serão o foco de preocupação, talvez computadores portáteis ou intérpretes de ondas cerebrais”, acrescentou Olds.
Os resultados da análise do sono foram divulgados no dia 13 de fevereiro, e o estudo deve ser publicado na edição impressa de março da revista “Pediatrics”.


Fonte:http://delas.ig.com.br/filhos/preocupacao-com-sono-infantil-existe-ha-mais-de-um-seculo/n1597648042785.html








 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Governo anuncia corte de R$ 55 bilhões no Orçamento 2012

Mantega diz que corte de R$ 55 bilhões é ousado

Segundo ministro, corte vai garantir a obtenção do resultado primário aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias

 

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou que o corte de R$ 55 bilhões no Orçamento de 2012 anunciado hoje é suficiente para que o governo possa cumprir a meta de superávit primário. Ele afirmou que o corte é "bastante ousado". "Isso vai garantir a obtenção do resultado primário que aprovamos na LDO", disse.
O governo reduziu a previsão de receitas em R$ 36 bilhões em relação ao aprovado pelo Congresso. "Somos um pouco mais conservadores, mas espero que o Congresso tenha razão na projeção de receitas. É uma nova projeção de arrecadação mais modesta", afirmou. Na receita líquida, a redução foi de R$ 29,5 bilhões.
Em relação às metas de investimento impostas pelo próprio governo para 2012, Mantega diz que elas são ambiciosas, mas possíveis. De acordo com ele, os objetivos são necessários porque o investimento é visto como de fundamental relevância para a economia brasileira.
O ministro destacou que o governo já vem aumentando os investimentos. "Queremos passar dos 20,8% em relação ao PIB. O desafio para 2012 não é fácil", salientou. "É ambicioso? É, mas é possível? É possível; é uma meta ambiciosa, mas temos condições de persegui-la", acrescentou.
Mantega destacou que há perspectiva de aumento "expressivo" de investimentos no PAC, no programa Minha Casa, Minha Vida, no programa pré-sal e Copa do mundo. "Quando falamos em 20% do PIB, significa setores público e privado. A do setor público é menor, de 3 e qualquer coisa porcento", mencionou. Segundo ele, cabe ao governo fomentar o setor privado para que também invista.
O ministro disse também que o crescimento do investimento ante 2011 será entre 10% e 11%. "É ambicioso? É. Mas é possível? É possível. É exequível." Ele enfatizou ainda que o crescimento do investimento ano a ano acompanhou ritmo de expansão dada. "E hoje temos mais projetos, mais experiência", pontuou.

Fonte:http://economia.ig.com.br/mantega-diz-que-corte-de-r-55-bilhoes-e-ousado/n1597629398961.html

 

Saúde e Educação perdem cerca de R$ 7,5 bilhões de seus orçamentos

Ministério da Saúde viu limite de gastos encolher R$ 5,4 bilhões, enquanto Educação perdeu R$ 1,9 bilhão

O maior orçamento da Esplanada dos Ministérios é também o que dará a maior contribuição ao ajuste fiscal anunciado hoje pelo governo federal . Após ter seu orçamento fixado em R$ 77,58 bilhões pelo Congresso Nacional, O Ministério da Saúde viu o seu limite de gastos discricionários encolher R$ 5,47 bilhões.
Em nota, os ministérios do Planejamento e da Fazenda ponderaram que o valor reprogramado (R$ 72,11 bilhões) ainda é maior do que o previsto no projeto encaminhado ao Congresso em agosto de 2011 (R$ 71,68 bilhões). Outro ministério que não sofre corte comparativamente ao valor destinado pelo projeto original do orçamento é o da Educação.

Leia: Mantega diz que corte de R$ 55 bilhões é ousado

O órgão terá R$ 33,36 bilhões, ante R$ 33,31 bilhões do projeto. Mas isso representa um corte de R$ 1,94 bilhão sobre o autorizado na lei aprovada pelo Congresso. O MEC é o segundo maior orçamento da Esplanada em gastos discricionários. Proporcionalmente, o Ministério das Cidades perdeu mais que Saúde e Educação. Foram R$ 3,32 bilhões, o que reduziu o valor disponível para R$17,461 bilhões.
O Ministério das Cidades é sempre um dos mais visados pelas emendas parlamentares ao orçamento e, por esse motivo, um dos principais alvos de ajuste na reprogramação orçamentária. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, houve corte de parte das dotações de emendas parlamentares em diversos ministérios. O terceiro maior corte em valores nominais foi o sofrido pelo Ministério da Defesa (menos R$ 3,2 bilhões), órgão que fica com orçamento de R$ 13,2 bilhões).

Mais: Governo anuncia corte de R$ 55 bilhões no Orçamento 2012

Apesar da proximidade da Copa do Mundo, o Ministério dos Esportes perdeu R$ 1,8 bilhão, mais da metade do que tinha na lei, ficando com R$ 717 milhões. Em valores nomiais, também substanciais foram os ajustes nos ministérios da Justiça (R$ 2,24 bilhões, para R$ 3,13 bilhões), da Integração Nacional (R$ 2,19 bilhões, para R$ 4,45 bilhões), do Turismo (R$ 2,01 bilhões, para R$ 603 milhões) e da Ciência e Tecnologia (R$ 1,48 bilhões, para R$ 5,23 bilhões). O Ministério dos Transportes, que agora tem um limite de R$ 17,06 bilhões, perdeu R$ 1,97 bilhão.

PAC e programas sociais

O corte não vai atingir os principais programas do governo federal, como o de Aceleração do Crescimento (PAC); o Minha Casa, Minha Vida e o Brasil sem Miséria. Segundo documento entregue pelo Ministério do Planejamento, “os recursos estão integralmente preservados, assim como [os recursos previstos para as] áreas da saúde e educação”.
Com o corte anunciado, as receitas líquidas foram reavaliadas e reduzidas em R$ 29,5 bilhões em relação ao previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA). Houve redução de R$ 14,6 bilhões na estimativa das receitas administradas pela Receita Federal e de R$ 4,8 bilhões na Contribuição para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
O documento destaca ainda que as “estimativas de arrecadação de quase todos tributos foram reduzidas”, com destaque para Imposto sobre a Renda (IR), Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidente sobre combustíveis, Contribuição para Financiamento de Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e PIS/Pasep.
Ainda foram reduzidas em R$ 7,1 bilhões as estimativas de arrecadação das demais receitas primárias do Governo Central ((Tesouro, Previdência Social e Banco Central), com destaque para dividendos, receitas próprias, contribuição para salário-educação e receita com concessões.
A redução das despesas obrigatórias ficou em R$ 20,5 bilhões. Com relação à Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano, enviada ao Congresso Nacional, as despesas discricionárias foram reduzidas em R$ 35 bilhões.

Fonte:http://economia.ig.com.br/saude-e-educacao-perdem-cerca-de-r-75-bilhoes-de-seus-orcamentos/n1597629550037.html

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sustentabilidade é tema de concurso de vídeos escolares

Diego Rocha / TV Escola

Estudantes de todo o Brasil podem enviar, até 30 de março, vídeos para participar do Concurso Ecovídeo das Escolas, promovido pela TV Escola. As produções podem ter até dois minutos de duração e deverão responder à pergunta: Qual é o seu papel na criação de um mundo sustentável?

Os vídeos devem ser inspirados na realidade das comunidades locais e os participantes devem buscar identificar os problemas socioambientais da região e, neste contexto, propor melhorias e soluções sustentáveis. Os vídeos podem ser produzidos por grupos de até quatro integrantes, sendo um, obrigatoriamente, o professor-responsável.

A página da 4ª Semana do Meio Ambiente da TV Escola na internet divulgará todos os vídeos concorrentes. O concurso premiará aquele mais acessado, que receberá a visita da equipe da TV Escola para uma reportagem especial para a semana. Também será escolhido por um júri especializado o melhor projeto, que ganhará uma viagem ao Rio de Janeiro para a gravação de um programa especial na TV Escola.

A 4ª Semana do Meio Ambiente da TV Escola irá ao ar de 4 a 8 de junho e terá como foco a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20).

Regulamento do Concurso

Concurso Ecovídeo das Escolas
 
Como participar do concurso?
  1. Produza um vídeo sobre um projeto de meio ambiente de sua escola, se baseando nos temas da Rio+20 e na seguinte pergunta norteadora: Qual é o seu papel na criação de um mundo sustentável? A abordagem do tema deverá contemplar o meio ambiente escolar e/ou a comunidade local, identificando problemas socioambientais e propondo soluções.
  2. um título para o seu vídeo a partir dessa pergunta.
  3. Poste seu vídeo no youtube. (Conforme tutorial abaixo).
  4. O título do seu vídeo no youtube deve seguir o seguinte modelo:
Concurso Ecovídeo das Escolas - 4ª Semana do Meio Ambiente da TV Escola – Título do Vídeo
  1. Envie um email para tvescola@mec.gov.br especificando: título e descrição do projeto (conforme modelo)/ Formato do vídeo/ Responsável / Email / Telefone e endereço da escola.
  2. Aguarde confirmação e aprovação do vídeo via e-mail.
  3. Seu vídeo será postado no blog da Semana do Meio Ambiente da TV Escola, no endereço: www.semanadomeioambiente.blogspot.com
  4. Caso você não tenha acesso à internet e não consiga enviar seu vídeo via youtube, você pode enviar pelos Correios para: Rua da Relação 18 – 4º andar – Centro, Rio de Janeiro – RJ / CEP: 20231-110
  5. A confirmação de recebimento e aprovação do seu vídeo será enviada via email ou telefone.
  6. Assim como os vídeos enviados por email via link do youtube, os enviados via Correios também serão postados no youtube e em seguida no blog da Semana do Meio Ambiente da TV Escola, no endereço: www.semanadomeioambiente.blogspot.com 
  7. Divulgue seu vídeo para o maior número de pessoas possível. Utilize as redes sociais. Quanto mais visitas seu vídeo obtiver, maiores serão as suas chances de ganhar.
  8. O vídeo mais acessado receberá a equipe da TV Escola para uma reportagem especial, que será exibida no quadro ECO AÇÃO, durante a 4ª Semana de Meio Ambiente.
  9. A equipe produtora do melhor vídeo votado pelo júri da TV Escola e Coordenação Geral de Educação Ambiental do MEC irá para o Rio de Janeiro gravar um programa especial a ser exibido na programação da TV Escola, além do projeto do vídeo ser postado com destaque no Portal do Professor e em chamadas especiais que serão veiculadas no canal TV Escola. 


O que os vencedores ganharão?
  1. O vídeo mais acessado no Youtube receberá a equipe da TV Escola para uma reportagem especial que será exibida no quadro ECO AÇÃO da 4ª Semana do Meio Ambiente.
  2. A equipe do projeto vencedor votado pelo júri ganhará uma viagem ao Rio de Janeiro para gravar um programa especial na TV Escola.
  3. Os projetos dos vídeos vencedores (enviado em formato digital) serão publicados no Portal do Professor, no endereço http://portaldoprofessor.mec.gov.br/link.html?categoria=15.

Regras do concurso:
  • Os vídeos devem ter até 2 (dois) minutos de duração.
  • O vídeo deve ser um trabalho original e inédito.
  • A apresentação do vídeo deve conter conteúdo livre de preconceitos, estereótipos, ofensas ou informações impróprias.
  • A equipe produtora do vídeo deve ser composta de no máximo 4 pessoas, sendo que uma deve ser um(a) professor(a) responsável. É permitida a participação de pessoas de fora da escola na composição da equipe.
  • Poderão participar alunos de todos os níveis, envolvidos nos projetos realizados pelas escolas.
  • Os alunos deverão inspirar-se na realidade da sua comunidade local e fazer o seu posicionamento a partir dos temas da Rio+20 e da pergunta norteadora, Qual é o seu papel na criação de um mundo sustentável?, convidando a comunidade escolar a participar, identificando os problemas socioambientais, propondo melhorias e soluções na produção de um vídeo que expresse a realidade do que se tem e do que se quer ter na escola.
  • As filmagens podem ser feitas com aparelhos celulares, máquinas fotográficas digitais ou filmadoras que apresentem uma boa qualidade de imagem.
    • As filmagens podem ser feitas com aparelhos celulares, máquinas fotográficas digitais ou filmadoras que apresentem uma boa qualidade de imagem.
    • Todo o processo deverá ser acompanhado pelo professor responsável.
    • Para o caso de vídeos que utilizem, no processo de edição, trilhas sonoras/músicas, a equipe deverá privilegiar a utilização de músicas de autoria da comunidade local e/ou músicos regionais, salvaguardando os devidos direitos autorais.
    • É importante que os trabalhos realizados pelos alunos não se encerrem com a culminância do projeto e que esse seja um trabalho sistemático e contínuo.
    • Os vídeos deverão ser postados no youtube e enviados via email ou pelos Correios (data máxima para postagem como carta registrada ou Sedex) até o dia 30 de março de 2012 .
    • A produção audiovisual deverá ser produzida em um dos formatos abaixo:
            - Campanha;
            - Dramatização: novela, teatro etc;
            - Animação: massinha, colagem, desenho etc;
            - Documentário: Reportagem, entrevista, etc;
            - Clip: música, dança etc.
     
    O prazo para o envio do vídeo é 30 de março de 2012, sendo essa a data para envio do link do youtube por email ou data da postagem da mídia nos Correios como carta registrada ou Sedex. Qualquer entrada apresentada após essa data não será aceita. Qualquer vídeo modificado após a sua incrição no concurso não será elegível.
     

    A conferência do número de acessos para eleição do vídeo mais acessado do youtube será feita às 12h do dia 05 de abril de 2012. Os resultados dos vencedos do Concurso Ecovídeo das Escolas, tanto para o Melhor Vídeo escolhido pelo júri quanto para o Vídeo Mais Acessado do youtube, serão anunciados oficialmente durante a 4ª Semana de Meio Ambiente, de 4 a 8 de Junho.
     


     
                                                     Processo de Seleção     


    Critérios de avaliação dos vídeos
     
    •     Os vídeos enviados serão julgados a partir dos seguintes critérios:
    - Originalidade
    - Criatividade
    - Coerência com a temática
    - Nível de envolvimento da comunidade escolar com a produção do vídeo
    - Edição
    - Serão dados pontos bônus para vídeos com estética excepcional e projetos  fundamentalmente inovadores.

    •     O vídeo vencedor será escolhido por uma comissão formada por produtores da TV Escola e especialistas da Coordenação Geral de Educação Ambiental do MEC.
    •     Os vídeos serão avaliados durante a semana de 2 a 6 de abril.


    Aviso Legal

    Ao submeter um vídeo para o concurso, o candidato aceita os termos e condições do concurso. Ao enviar um vídeo, o participante concede permissão plena à TV Escola / Ministério da Educação para usar livremente no canal e site da TV Escola, Portal do Professor e em outros portais do MEC, canais do YouTube, Redes Sociais, ou qualquer outro uso educacional, sem fins lucrativos. A TV Escola terá o direito de usar livremente o material de vídeo. Estes termos e condições estão sujeitos a alterações.
     
     

    Fonte:http://www.comunidade.diaadia.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=957&tit=Sustentabilidade-e-tema-de-concurso-de-videos-escolares-

Em Cocal dos Alves nada é mais importante que competições educacionais

iG visitou cidade campeã em matemática no interior do Piauí e descobriu que também há prêmios em química, português, geografia...

 

Em apenas três meses, a pequena cidade de Cocal dos Alves, de 5,6 mil habitantes no interior do Piauí, ganhou espaço nobre no noticiário brasileiro duas vezes. Em março, por ser a cidade onde nasceu e vive o vencedor do concurso Soletrando, programa de Luciano Huck, e na semana passada por receber quatro medalhas de ouro, três de prata e cinco de bronze nas Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Em visita à cidade, o iG descobriu que o cocalalvense não é bom só nessas áreas. Há títulos em competições de outras disciplinas e todos os 16 alunos que se candidataram a vagas na Universidade Federal do Piauí no ano passado foram aprovados.


Foto: Cinthia Rodrigues
Fachada da escola de ensino médio que teve 16 aprovados na Federal do Piauí.

Nos últimos dois anos, foram três medalhas nas olimpíadas estaduais de química e uma na brasileira de língua portuguesa, além de trófeus de equipe. Em 2008, a cidade participou de um campeonato de história e geografia em comemoração aos 250 anos do Estado. Sagrou-se campeã. No ano seguinte, repetiram o campeonato e a cidade chegou à final sem errar nenhuma pergunta, assim como os rivais de Teresina. Para desempatar, foi feito um esquema em que a mesma pergunta era feita para as duas equipes e respondia quem batesse primeiro em um botão, mas aí os cocalalvenses ficaram apenas com o vice.


Porcos e cajueiros 

Quanto mais se enumeram as vitórias, maior é o contraste com o tamanho da cidade a 300 quilômetros de Teresina. De perto, Cocal dos Alves parece menor ainda do que revela o tamanho de sua população. Muitas famílias moram em casas afastadas em meio a grandes plantações de cajueiros, a principal fonte de renda da cidade. A maior parte das ruas é de terra ou areia e frequentada por galinhas, cabras e porcos que vivem fora da cerca.
 
Na época de chuva, alunos como Clara Mariane Silva de Oliveira, de 13 anos – uma das que recebeu pessoalmente os cumprimentos da presidenta Dilma Rousseff pelo ouro em cerimônia no Rio de Janeiro – atravessam um rio com água até os joelhos para pegar o transporte escolar. “O carro atola ali, eu puxo a calça e passo.” No pequeno centro de meia dúzia de ruas de paralelepípedo e casas sem recuo, nada remete às recentes glórias educacionais. A única faixa, esticada na Praça da Igreja, diz “Bem-vindos aos festejos de São João Batista”. Mesmo nas duas escolas campeãs, a Unidade Escolar Teotônio Ferreira Brandão, de ensino fundamental, e a Augustinho Brandão, de ensino médio, não há troféus expostos, por falta de estrutura – todas as salas são usadas para aulas, não há espaço de convivência, quadra ou laboratórios e biblioteca é um luxo que existe em apenas uma delas.


Sonho possível

Para os alunos e professores envolvidos nas competições, no entanto, nada é mais importante. Além das aulas regulares, há treinamentos aos sábados e, quase todos os dias, cada um estuda em sua casa, por prazer e pelo sonho, comprovadamente possível, de se destacar. Na zona rural, a energia elétrica vem sendo instalada nos últimos dois anos e a referência para crianças e adolescentes não é nenhum astro da música ou do futebol, mas os colegas medalhistas.

“Desde pequena, meu sonho é ganhar medalha”, diz Ana Carla de Brito Amaral, de 11 anos. Os pais e professores chegaram a temer uma frustração. “No ano passado, ela disputou pela primeira vez e a gente conversou que na 5ª série o máximo que alguém tinha ganhado era um bronze, então, uma menção honrosa estaria ótimo”, lembra a mãe, Edna de Brito.
 
Ana Carla conquistou a prata. Estabeleceu um novo recorde a ser perseguido pelos amigos, enquanto ela mesma já tem outros planos: “Quero o ouro na matemática e, quando tiver idade, vou disputar o Soletrando”, avisa, com um sorriso tímido, mas confiante.

Para o coordenador estadual das olimpíadas, João Xavier da Cruz Neto, professor de Matemática da Universidade Federal do Piauí, o que faz os alunos de Cocal dos Alves terem mais paixão pelos livros do que pela bola são os professores. “A diferença entre o futebol e a matemática é que no esporte qualquer um reconhece e estimula um talento. Já na matemática, a maioria não enxerga e muitos vêem alunos desafiadores como problema.”

Professores nascidos e criados na terra

O desempenho do professor de matemática Antonio Cardoso do Amaral se traduz em números. Desde que a OBMEP começou em 2005, ele teve alunos premiados em todas as edições: 2 pratas e 1 bronze no primeiro ano; 1 ouro, 3 pratas e 2 bronzes em 2006; 2 ouros, 1 prata e 5 bronzes em 2007; 6 bronzes em 2008; 1 ouro, 1 prata e 8 bronzes em 2009; e o resultado recorde do ano passado, cuja premiação ocorreu neste mês.

Por causa disso, foi convidado a falar ao Senado, fazer uma reunião com o ministro da Educação Fernando Haddad e dar informações à assessoria de Dilma Rousseff, que vai comentar o assunto no seu programa de rádio Café com a Presidenta. “Só dá certo porque os alunos querem aprender”, garante. Para comprovar a tese, conta que se inscreveu em um concurso para uma vaga de mestrado em que havia 40 vagas e 800 inscritos. Ficou em 53º lugar. “Não estou entre os melhores. O que faço é me esforçar para apresentar a matemática como ela é. Nunca dou uma fórmula pronta, volto lá na história, resolvo do jeito difícil, mostro o caminho penoso e como alguém saiu dali para uma fórmula que tornou mais fácil resolver tal questão.”

Amaral nasceu em Cocal dos Alves, antes da emancipação do município, que ocorreu há apenas 15 anos. Fez o primário ali e o restante na vizinha que já foi sede, Cocal – sem "dos Alves" e sem medalhas. Nos primeiros anos em que deu aula, enfrentou resistência dos familiares dos alunos. “Ele era rígido, os pais vinham todos reclamar comigo”, conta João de Brito Cardoso, primeiro prefeito da cidade, analfabeto – como quase toda a população acima de 50 anos – e avô de uma medalhista. Para Amaral, a olimpíada foi o que o salvou.

Foto: Cinthia Rodrigues 
João Francisco em frente sua casa. Bolsa de R$ 100 por mês foi usada para comprar geladeira

Futuro promissor

Os resultados educacionais começam a mudar a vida dos cocalalvenses. A primeira transformação ocorre nas próprias escolas. Todos os oito computadores e o datashow utilizados foram prêmios pelos resultados nas competições. Desde o campeonato pelo aniversário do Estado, também há a promessa da construção de uma quadra, luxo que nenhuma das unidades possui até agora.

A própria escola de ensino médio vai mudar de prédio no próximo semestre. O governo federal construiu uma instituição modelo com prédios arejados e espaço de jardinagem que, por enquanto, destoa. “Lá vamos poder montar laboratórios, coisa que nunca se viu por aqui”, diz o coordenador pedagógico, Darkson Vieira Machado.

Nas casas dos premiados, também já se vê mudança. Algumas competições os premiaram com netbooks, e as medalhas nas olimpíadas brasileiras dão direito a bolsa de R$ 100 por mês durante um ano. No casebre sem reboco e com fogão à lenha de João Francisco Rocha, de 17 anos – medalha de bronze em 2008, o dinheiro se transformou na geladeira, que a família ainda não tinha. O professor Amaral confia que vem muito mais por aí: “Se você voltar aqui em 10 anos, essa família vai ter uma condição de vida totalmente diferente, proporcionada pelo profissional bem formado e pago que este menino vai se tornar. Garanto.”

Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/em+cocal+dos+alves+nada+e+mais+importante+que+competicoes+educacionais/n1597057185707.html

 

Olimpíada de Matemática para escolas públicas divulga premiados

A Olimpíada Brasileira de Matemática para Escolas Públicas (Obmep) divulgou nesta segunda-feira os 3.200 alunos premiados em todo o País. Também foram listados 131 professores, 117 escolas e 60 secretarias de educação pelos resultados de seus estudantes.
Em 2011, mais de 18,7 milhões de alunos se inscreveram na 7ª edição da competição e mais de 98% dos municípios brasileiros estiveram representados. Destes 818.566 passaram para a segunda fase, realizada em novembro.
Também podem ser conferidos por Estados os 1.800 alunos com medalhas de bronze e os 30.002 com menção honrosa no site da Obmep .

O Estado com maior número total de medalhas é São Paulo com 8.904. Nele, as cidades que se destacaram foram Bariri e Sertãozinho. Em seguinda vem Minas Gerais com 8.110 onde as cidades destaques foram São João Nepomuceno e Visconde do Rio Branco.


Foto: Cinthia Rodrigues 
José Márcio, de Cocal dos Alves ganhou sua 
segunda medalha de ouro, além das duas 
de bronze.

Cocal dos Alves mantém destaque
A pequena Cocal dos Alves, cidade de 5 mil habitantes no Piauí, continua em destaque na competição.
No município, três estudantes ganharam medalha de ouro, dois de prata, cinco de bronze e 15, menções honrosas. As únicas escolas de ciclo 2 do ensino fundamental e ensino médio da cidade foram premiadas e o professor Antonio Cardoso do Amaral, que tem alunos premiados desde a primeira edição da Obmep, também está entre os homenageados.


Veja abaixo o total de premiados por Estado:

Estado Ouro Prata Bronze Menções honrosas Total
São Paulo 78 218 420 8.188 8.904
Minas Gerais 111 248 457 7.294 8.110
Paraná 28 61 104 2.146 2.339
Rio Grande do Sul 32 44 75 1.865 2.016
Rio de Janeiro 84 92 150 1.494 1.820
Santa Catarina 11 15 49 1.279 1.354
Ceará 21 22 35 1.168 1.246
Bahia 13 18 52 942 1.025
Goiás 5 10 24 801 840
Espírito Santo 6 21 45 686 758
Pernambuco 20 27 43 651 741
Distrito Federal 37 44 54 466 601
Mato Grosso do Sul 16 11 34 442 503
Mato Grosso 2 5 15 368 390
Pará 2 7 17 303 329
Piauí 7 8 22 286 323
Rio Grande do Norte 4 13 31 265 313
Amazonas 7 7 20 237 271
Maranhão 1 11 17 241 270
Paraíba 4 5 16 200 225
Rondônia 2 5 15 192 214
Tocantins 1 3 16 179 199
Alagoas 4 3 23 129 159
Sergipe 3 0 17 65 85
Roraima 0 2 18 46 66
Acre 1 0 16 46 63
Amapá 0 0 15 23 38
BRASIL 500 900 1.800 30.002 33.202   

 Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/olimpiada-de-matematica-para-escolas-publicas-divulga-premiados/n1597624474170.html

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Diretor cria banheiro alternativ​o para homossexua​l em colégio de Londrina

Banheiro dos professores virou alternativa para evitar constrangimento.
AGLBT desaprovou medida e vai encaminhar ofício a Secretaria de Educação.


Os alunos do colégio estadual Vicente Rijo, em Londrina, têm a opção de poder usar um banheiro alternativo para alunos homossexuais. A Iniciativa começou há dois anos, mas o assunto só se tornou público nesta quarta-feira (8), primeiro dia de aula e passou a dividir opiniões na cidade.

(O G1 chegou a informar que o banheiro era de uso exclusivo dos alunos homossexuais. A informação foi corrigida às 17h58.)

A medida, segundo o diretor Donizetti Brandino, foi adotada porque, na época, dois alunos reclamaram de constrangimento no sanitário masculino e foi aprovada pelo Conselho Escolar. Depois deses casos, outras situações pontuais aconteceram e, desde então, o banheiro dos professores passou a ser utilizado como alternativa para os alunos.

Um estudante de 17 anos que não quis se identificar afirmou que aprova a medida. “Meninos ficam olhando com cara feia”, afirmou o jovem. Ele contou que em 2011 uma inspetora do colégio o flagrou dentro do banheiro feminino e o encaminhou para a direção do colégio. O rapaz disse também que foi pedido para que ele usasse o banheiro dos professores para evitar constrangimentos para as meninas.

Na avaliação dos professores e da direção da escola, a medida não é discriminatória e não visa isolar os homossexuais, mesmo assim, afirmam que não pretendem estimular que mais alunos utilizem os banheiros já denominados de alternativos. “O nosso objetivo é a educação. É conscientizar para que essas realidades possam ser trabalhadas de forma que todos tenham direitos”, declarou o diretor Donizetti Brandino.

A opinião, entretanto, não é compartilhada por Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AGLBT). Segundo ele, ainda que tenha sido para beneficiar os homossexuais, a atitude representa uma solução simplista que não se aprofunda na questão do respeito.

“Nós queremos uma escola inclusiva que respeita a diversidade na biblioteca, na sala de aula e banheiros”, disse o presidente da AGLBT que também é doutor em educação. Toni Reis afirmou ainda que é preciso sensibilizar a comunidade escolar e capacitar os profissionais para que haja o entendimento de respeito a individualidade. “Não podemos fazer essa segregação”.

Flávio Arns, secretário estadual de Educação, disse desconhecer a existência banheiros alternativos para homossexuais nas escolas e vê com cautela a medida. “Consideramos completamente desnecessário. Não é importante, não é necessário. Nós temos, sim, criar na escola um clima de respeito à diversidade”, disse o secretário.

Ainda nesta quarta-feira, a AGLBT vai encaminhar um ofício para a Secretaria Estadual de Educação solicitando uma intervenção na escola londrinense. A ideia, de acordo com Reis, é suspender a medida e evitar que ela seja replicada em outras unidades de ensino. Caso o pedido não seja atendido, a Associação pretende recorrer ao Ministério Público (MP).


Fonte:http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/02/diretor-cria-banheiro-exclusivo-para-homossexual-em-colegio-de-londrina.html

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Avaliação é tema de semana pedagógica interativa

imagem A Secretaria de Estado da Educação (SEED) realizou nessa sexta-feira (03) a Semana Pedagógica Interativa por meio de um recurso online no Portal Dia a Dia Educação. A superintendente da Educação, Meroujy Cavet, as diretoras da Superintendência da Educação a equipe da Diretoria de Políticas e Programas Educacionais (DPPE) conversam com a comunidade escolar sobre avaliação.

O evento deu continuidade às discussões que estão sendo realizada na Semana Pedagógica 2012, que vai até terça-feira (07). “É um momento para que os profissionais da educação colaborem na construção coletiva e participativa de um processo de avaliação, que atenda à realidade das nossas escolas do Paraná”, ressaltou a superintendente.

Cerca de 19 mil usuários se conectaram e tiveram acesso direto à semana interativa. A discussão foi repassada a todos os outros participantes da semana, ou seja, cerca de 100 mil profissionais da Educação que atuam na rede estadual de ensino. O evento contou com a participação de equipes da Diretoria de Tecnologia Educacional (Ditec).

Cada escola participou com um representante responsável por apresentar as dúvidas dos educadores relativas ao tema. Professores, pedagogos e funcionários debateram o tema e elaboraram propostas que foram enviadas antes do início do evento. “O uso dessa tecnologia foi interessante, porque permitiu o acompanhamento das discussões em tempo real’, disse Isaura Mattos, professora do Colégio Estadual Elza Scherner Moro, em São José dos Pinhais.

Com os resultados da semana interativa, que ficarão disponíveis no Portal Dia a Dia Educação, a Secretaria pretende implantar um sistema de avaliação estadual. “Entendemos que devemos construir de maneira coletiva um sistema de avaliação e uma educação de qualidade, no sentido de formação do humano, em todos os aspectos, tornando cada sujeito capaz de intervir na sociedade em que vive, transformando-a”, definiu Meroujy.

O sistema estadual de avaliação servirá de subsídio aos professores. Os resultados servirão para auxiliar na sua prática diária em sala de aula. “O foco principal é a aprendizagem do aluno. A proposta considera ainda a ações que respeitarão a realizada em que cada escola está inserida”, completou.

AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA

Para a professora Elizabete Silva a avaliação dos alunos precisa ter um caráter qualitativo. “A avaliação precisa ser diagnóstica para intervenções durante todo o processo avaliativo. E o professor precisa conhecer a turma e ter a liberdade de mudanças dos instrumentos de avaliação”, afirmou.

Ela leciona a disciplina de Inglês no colégio Elza Scherner Moro, e lembrou que os estudantes têm ritmos diferentes de aprendizagem e que o professor deve estar atento para interferir nas dificuldades. “A avaliação serve para se atingir o mesmo objetivo, a aprendizagem, mesmo em momentos diferentes”, explicou.

Sobre o tema, a professora Isaura lembrou que a família também faz parte no processo educacional. “A escola e a família precisam falar a mesma língua para auxiliar na formação do aluno. É imprescindível trazer a comunidade à escola, inclusive para participar do processo de avaliação’, contou.

Fonte:http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=972

Tranquilidade marca início de ano escolar para 1,3 milhões de estudantes

O ano escolar de 2012 deve iniciar com tranquilidade nas cerca de 2,2 mil instituições de ensino da rede pública estadual do Paraná. O vice-governador e secretário de Estado da Educação do Paraná, Flávio Arns, garante que não faltarão professores nem funcionários para atender os 1,3 milhões de estudantes matriculados. As aulas estão marcadas para iniciar na quarta-feira, dia 8 de fevereiro.

O clima de normalidade se deve a ações de planejamento adotadas pela Secretaria de Estado de Educação (SEED), em 2011. As aulas, que anteriormente eram distribuídas no final de janeiro, agora passaram a ser repassadas aos professores antes mesmos das férias, em dezembro do ano passado.

A distribuição de aulas em dezembro ocorreu inclusive para os 9.516 professores que foram nomeados pelo governador Beto Richa na semana passada, durante da reinauguração do Palácio Iguaçu, no dia 25 de janeiro. “Terminamos o ano letivo passado com todos os professores nas escolas, com aulas já distribuídas. Então não pode faltar professor. Pode acontecer de uma escola que ter superado a sua expectativa de matrículas, mas nós imediatamente vamos suprir estas necessidades”, afirma Arns.

MENOS ALUNOS POR TURMA

O ano escolar também iniciará com menos alunos por turma nas escolas estaduais. Em outubro do ano passado foi publicada a resolução número 4.527, que fixa o número de alunos para efeitos de composição de turmas. A resolução começa a vigorar a partir deste ano, com implantação gradativa até 2014.

Com isso, as turmas de 6º. e 7º. ano terão de 25 a 30 alunos, as de 8º. a 9º. ano, de 30 a 35 alunos, e as de ensino médio de 35 a 40 alunos. “Isso faz parte de uma proposta de governo para a população, porque qualidade de ensino também está associada ao número de alunos que participam de uma determinada turma”, afirma o Secretário.

Outra mudança ocorrida no ano passado e reflete neste início de aulas é o sistema de matrículas. A Secretaria deixou de adotar apenas o georeferenciamento e fez parcerias com os municípios. “Associamos vários critérios para melhorar a matrícula e dar mais satisfação às famílias também”, reforça o Secretário.


SEMANA PEDAGÓGICA

Apesar das aulas terem início somente na próxima quarta-feira, dia 8, as atividades nas escolas estaduais começaram nesta terça-feira, dia 1º., reservado para o planejamento das atividades pedagógicas. Desta quarta-feira, 2, até a terça-feira, 7, ocorre a Semana Pedagógica, evento de capacitação dos professores, diretores e funcionários da educação do Paraná. O evento ocorre simultaneamente em todas as escolas e discute avaliação e alguns programas que serão implantados neste ano.

Fonte:http://www.alunos.diaadia.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=903&tit=Tranquilidade-marca-inicio-de-ano-escolar-para-13-mi-de-estudantes-

Semana Pedagógica abre ano letivo nas escolas públicas

Cerca de 100 mil profissionais da Educação participam da Semana Pedagógica 2012 que iniciou nesta quinta-feira (02) nas 2.136 escolas da rede estadual de ensino. Durante quatro dias professores, pedagogos e funcionários discutem temas e debatem ações para melhoria das práticas pedagógicas para os cerca de 1,3 milhão de estudantes que retornam às aulas na quarta-feira (08).

A Semana Pedagógica marca o início das atividades do ano letivo de 2012. “A Semana Pedagógica é um momento para refletirmos sobre as ações necessárias para garantirmos uma educação de qualidade aos nossos alunos”, ressaltou o vice-governador e secretário de Estado da Educação, Flávio Arns.

Entre os temas discutidos durante a semana, o principal envolve a questão da avaliação. “Pretendemos implantar, por meio de um processo de construção coletiva, um sistema de avaliação estadual”, ressaltou Meroujy Cavet, superintendente da Educação. Ainda serão apresentados o Programa Pais Presentes nas Escolas e a campanha de comemoração do centenário do nascimento da escritora paranaense Helena Kolody.

O formato do evento contribui para o estudo e a formação continuada, auxiliando no trabalho pedagógico de sala de aula. “Espero que os assuntos discutidos possam atender às necessidades e dificuldades encontradas em nosso trabalho, e que as experiências relatadas no grupo, as discussões levantadas se transformem em ações pela escola”, disse a professora Eudélia Malanski Gaio, do Colégio Estadual José Bonifácio, em Campo Bonito.

Para Irma Beatriz Gomes Vieira, pedagoga da Escola Estadual Santa Terezinha, em Santo Antônio da Platina, o resultado da semana terá vários reflexos. “A discussão sobre o cotidiano escolar fortalece a prática do diálogo e permite uma gestão democrática, envolvendo em nossas ações a participação de toda a comunidade”, disse.

PLANEJAMENTO – Nessa terça-feira (1º) os professores da rede estadual realizaram as atividades de planejamento para o ano letivo. “Este trabalho é base que vai nortear todo o nosso processo metodológico no ano”, comentou a professora Karine Biazzi dos Santos, do Colégio Estadual Júlia Wanderley, em Curitiba.

SEGUNDO SEMESTRE - Durante o evento, professores, pedagogos e funcionários têm a oportunidade contribuir com a realização da Semana Pedagógica que acontecerá em julho. As escolas devem elaborar projetos de oficinas que agendam as necessidades pedagógicas da sua realidade.

INTERATIVIDADE – Na sexta-feira (03), a SEED realiza a Semana Pedagógica Interativa por meio de um recurso online no Portal Dia a Dia Educação. A superintendente da Educação, Meroujy Cavet, a diretora do Departamento de Educação Básica (DEB), Maria Cristina Theobald, e a equipe da Diretoria de Políticas e Programas Educacionais (DPPE) conversam com a comunidade escolar sobre avaliação. Cada escola participa com um representante responsável por apresentar as dúvidas dos educadores relativas ao tema. O evento acontece das 15h às 16h.

Nem todas as perguntas podem aparecer para todo o público durante o chat – algumas serão respondidas diretamente às pessoas. A realização do evento é da Diretoria de Tecnologias Educacionais (DITEC).

AVANÇOS – Em mensagem gravada aos profissionais da educação, o governador Beto Richa lembrou os avanços alcançados na área durante o primeiro ano dessa gestão de governo. “Contratamos 9.516 professores, reformamos cerca de 500 escolas, ampliamos os recurso para o transporte escolar, e nos empenhamos para melhorar as condições de trabalhos dos nossos professores e funcionários”, destacou. Richa ainda comentou sobre o compromisso assumido pela gestão junto aos professores, implantando a equivalência salarial com os demais profissionais de nível superior.


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 Foto: José Fernando Ogura/Vice-Governadoria
Durante quatro dias, professores, pedagogos
e funcionários discutem temas e debatem 
ações para melhoria das práticas pedagógicas.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Como ajudar seu filho a se adaptar na nova escola

Veja como você pode lidar com as dificuldades dos primeiros dias de aula


Foto: Getty Images Ampliar
Professores novos e o ambiente diferente são as principais queixas das crianças

As escolas se transformam em um território desconhecido para as crianças no início do ano escolar. Os alunos vão precisar se adaptar aos horários, regras, rotina, professores e novos amigos. Tanta novidade pode tornar o novo ambiente em um cenário assustador, capaz de criar manha, cenas na porta da escola e até mesmo pânico nas crianças. Porém, os pais podem desempenhar um papel importante nesta fase e tentar amenizar o medo para que os pequenos enfrentem com mais segurança a nova etapa.
Os novos professores e o lugar estranho são as queixas mais frequentes das crianças. A psicopedagoga Maria Cecilia Galelo Nascimento Zaniboni fala da importância dos pais demonstrarem ao filho a confiança que depositam na nova escola e que eles acreditam que é a melhor escolha que fizeram para ele. “Mostre que é normal ter tais sentimentos neste momento de transição e que ele conseguirá superar e ainda gostará tanto ou até mais do que sua antiga escola. Deixe claro que também depende dele querer essa adaptação e, acima de tudo, pode contar os pais para ajudá-lo neste período.”
As crianças pequenas têm menos recursos emocionais para mudanças, pois tudo que é diferente e acontece longe dos pais as deixam inseguras. É interessante nunca fazer mudanças sem preparar a criança, ir com ela visitar o local e conhecer as pessoas que trabalham ali.
Maria Cecília lembra que as crianças maiores normalmente já têm percepção e maturidade para se adaptar de uma maneira mais tranquila.

Sem acordo

Se depois de dias ou semanas a criança continuar resistindo em frequentar as aulas, a presença dos pais na escola será obrigatória. Segundo Maria Irene Maluf, pedagoga especialista em Psicopedagogia e Educação Especial, pode ser necessário solicitar uma conversa com a orientadora e pedir, sem aviso prévio, para ver o filho naquele momento.

“Às vezes, as crianças fantasiam ser mal tratadas para chamarem a atenção dos pais. Por isso é bom ir sem avisar. Se for manha da criança, dá para conversar, explicar que não é possível mudar de escola antes do meio ou do final do ano. Em geral, depois de um tempo maior, as próprias crianças não querem mais sair da escola”, explica ela.

As dificuldades mais comuns que as crianças enfrentam

- Falta de entrosamento com os novos colegas
- Adaptar-se a novas regras
- A dificuldade de entender o espaço físico da nova escola
-Não conhecer os professores e funcionários e, consequentemente, não se sentir segura e amparada
- A saudade da escola anterior, sentindo falta dos colegas, professores e funcionários, inclusive do espaço físico.

Como os pais devem lidar com os problemas de adaptação das crianças

- Ir a escola é obrigatório. E ponto final
- Se a criança tiver mais de seis anos, deixar que resolva entre duas ou três escolas escolhidas pelos pais, isso faz com que se sintam participantes. Mas escola sempre é uma decisão final que cabe aos pais, até o final do colegial
- Levar a criança até o local antes do início das aulas para que ela conheça o ambiente e, se possível, os professores. Isso diminuirá o impacto do primeiro dia de aula
-Em muitos casos são os pais que não se adaptam aos novos horários, lugares, normas e acabam transferindo isso indiretamente aos filhos. Portanto, escolhida a escola é proibido falar mal dela
- Se depois de muita conversa a criança fizer manha, deixe claro que estará esperando por ela na hora da saída e trate a situação com naturalidade.


Fonte:http://delas.ig.com.br/filhos/como-ajudar-seu-filho-a-se-adaptar-na-nova-escola/n1237538081104.html