terça-feira, 30 de julho de 2019

"Estudo reforça evidência de que a instrução direta é mais eficaz que o construtivismo"

"Alunos aprendem quando o ensino é sistemático, explícito, em que o estudante não orienta o andamento das aulas, mas segue o professor, que é quem comanda o processo de aprendizagem. Isso é o que aponta uma pesquisa publicada na mais conceituada revista acadêmica de Educação do mundo, a Review of Educational Research, primeira no ranking de impacto do Scimago Journal Ranking, indicador internacional utilizado para medir a qualidade de estudos científicos."

Foto: Pixabay.

"A partir de um levantamento feito com resultados de 328 estudos publicados em 50 anos, entre 1966 e 2016, sobre diferentes métodos para ensinar, focando em 4 mil efeitos, quatro pesquisadores da Universidade de Oregon chegaram à conclusão que a “instrução direta”, que parte do princípio que todos os alunos podem aprender, desde que recebam instruções bem planejadas, tem resultados mais robustos comparados com outros métodos.

Os alunos na instrução direta aprendem mais e com rapidez.
Além disso, ao longo do tempo, têm mais autoestima e não perdem o que aprenderam, mesmo se submetidos a um método pior.
Segundo a pesquisa, isso é assim porque, pelas evidências científicas, na instrução direta:
-os alunos dominam conhecimentos básicos que são pré-requisito para conceitos mais complexos – busca-se que o aluno tenha um repertório mínimo para cada etapa antes de avançar;
-a instrução é clara, não ambígua;ao invés de ter um conceito defeituoso formado por si mesmo, o aluno aprende diretamente (não precisa ‘reinventar a roda’) – dito em outras palavras, o estudo mostra que é mais fácil aprender algo novo do que corrigir um conceito defeituoso, mal aprendido;
-o aluno está na série correta de acordo com o que sabe, nem à frente, nem atrasado;
-o aluno recebe um reforço positivo para celebrar seus avanços e, só depois de aprender o básico, é estimulado a produzir ciência (investigar e desenvolver novos conhecimentos).

A pesquisa cita como exemplo de “instrução direta” o modelo inventado pelo pesquisador Siegfried Engelmann, na Universidade de Oregon, nos Estados Unidos.
E aponta como menos eficazes:

-o construtivismo, quando o aluno teoricamente seria protagonista na construção do conhecimento, mas, na prática, é muitas vezes colocado na situação de ter de ‘adivinhar’ conceitos – crianças de maior vulnerabilidade social são as principais prejudicadas por esse modelo, por terem menos recursos em seu entorno familiar;
-a abordagem desenvolvimentista, que ensina de acordo com padrões comportamentais (evidências do estudo mostram que o ensino direto aumenta a autoestima da criança e, por consequência, seu comportamento);
-as teorias de estilos de aprendizagem, baseadas na tese de que cada pessoa tem uma forma diferente para aprender."

"Por que o construtivismo é preferido à instrução direta"?

Na conclusão do artigo, os pesquisadores se perguntam por que, apesar de apresentar evidências científicas muito melhores para a aprendizagem, a instrução direta é deixada de lado pelos educadores que adotam, principalmente nos Estados Unidos, o construtivismo.

Segundo os pesquisadores, além de questões políticas, apontadas em estudo de 1998, há outros motivos pelos quais não se fomenta mais a utilização da instrução direta:

-a tese de que a criança deve conduzir a aprendizagem e não o professor;
-a ideia de que a instrução direta, de alguma forma, oprimiria os alunos ou lhes traria algum tipo de trauma;
-a opinião de que, ao dar a instrução direta, o aluno fica impedido de fazer qualquer crítica – o que seria exatamente o contrário, quanto mais domina os conhecimentos, mais o estudante será capaz de fazer críticas a eles;
-a ideia de que a instrução direta sufoque a personalidade dos professores, o que, segundo os autores do estudo, não é verdade: na instrução direta o professor é o protagonista e se sente recompensado com o bom desempenho dos alunos. “Na verdade, as apresentações cuidadosamente testadas nos programas liberam os professores de outras preocupações e permitem que eles se concentrem mais nas respostas de seus alunos e garantam sua compreensão”, apontam os pesquisadores."

FONTE:https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/estudo-reforca-evidencia-de-que-a-instrucao-direta-e-mais-eficaz-que-o-construtivismo/

segunda-feira, 22 de julho de 2019

"A universidade como portal para o mundo"

"Em um mundo de culturas cada vez mais expostas e distâncias cada vez mais curtas, a internacionalização da educação superior vem rapidamente deixando de ser uma opção para se tornar absoluta necessidade para toda universidade comprometida com a qualidade de ensino, pesquisa e extensão.

Franklin Hall, da Kent State University – EUA.


Os grandes desafios modernos em temas como energia, sustentabilidade, cidades, saúde, tecnologia da informação e direitos humanos, embora exerçam impacto local, são de alcance global, portanto suas soluções dependem da formação de líderes com visão e presença globais. Assim, uma universidade falha em sua missão se não formar cidadãos e profissionais capazes de atuar em diferentes contextos e culturas.

O desafio é considerável: internacionalizar uma universidade – em especial, em países não-anglófonos – é um processo contínuo de mudança cultural que exige tempo, recursos e profundo comprometimento institucional. A internacionalização não ocorre livre de riscos, como a fuga de cérebros ou a perda da conexão com a comunidade local. Neste contexto complexo, as universidades precisam de unidades administrativas dedicadas a facilitar processos e orientar e promover a internacionalização como meio para se atingir a excelência na atividade acadêmica sob uma perspectiva global em todos os seus níveis: graduação, pós-graduação, pesquisa, extensão e inovação.

"O esforço vale a pena: o impacto da experiência internacional fica evidente no testemunho de quem a viveu, na qualidade da formação técnico-acadêmica mas, principalmente, como experiência transformadora. E para aqueles que não tem a oportunidade de viajar – apenas uma pequena fração da comunidade universitária em qualquer país do mundo é móvel –, é preciso trazer o mundo para dentro de casa, em um processo de democratização denominado “internacionalização em casa.”

A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) assumiu esse desafio quando elegeu a internacionalização como prioridade, orientada pelos valores fundamentais da multiculturalidade, inclusão, inovação e presença solidária. Esta decisão está traduzida no Plano Institucional de Internacionalização, vigente desde 2016, que elenca uma série de estratégias. Desde a implementação do plano, concebido para dar continuidade a um trabalho que se iniciou já em 2006 com a inclusão da internacionalização pela primeira vez no plano de desenvolvimento estratégico, diversos resultados já podem ser percebidos.

O programa Global Classes, por exemplo, coloca a PUCPR como a universidade brasileira com o maior número de disciplinas de graduação regularmente oferecidas em inglês, conforme dados divulgados no relatório 2019 do British Council em parceria com a Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai).

Já o American Academy, lançado em 2018 em parceria com a Kent State University (KSU, Ohio, Estados Unidos), traz o primeiro curso de graduação do Brasil seguindo o modelo americano de educação em liberal arts."
"Além deles, há ainda o Law International Program (LIP), programa modular da Escola de Direito que permite a internacionalização customizada dos estudantes de acordo com seus interesses e capacidades individuais, e o Business Management Program, curso de graduação em administração da Escola de Negócios que garante a todos os estudantes dupla diplomação com instituições parceiras na Europa, América do Norte e Ásia.

Todas essas iniciativas culminam com a inauguração do Campus Florence, campus da PUCPR em Florença, Itália, que marca sua presença física na Europa, na cidade italiana berço do renascimento. Ter um campus na Europa expande significativamente o raio de atuação da instituição, tanto na oferta de oportunidades para seus estudantes quanto na visibilidade voltada para a atração da comunidade internacional. A proposta do Campus Florence é de se tornar um hub de atração de estudantes, professores e pesquisadores para um ambiente acadêmico verdadeiramente multicultural e inclusivo.

Internacionalizar uma universidade não é um processo natural e espontâneo; pelo contrário, são necessários comprometimento e recursos para superar barreiras em um país não-anglófono de pouca tradição de abertura global em diversos setores da sociedade.

E embora o MEC atualmente favoreça a criação de cursos de graduação e pós-graduação em diferentes modelos experimentais, o reforço na disseminação da língua inglesa – como fator de inclusão internacional – e a adoção de uma postura de maior abertura para a comunidade internacional certamente favorecerão a inclusão do Brasil no mundo da educação sem fronteiras.

Marcelo Távora Mira é professor do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e diretor do PUCPR International."

FONTE:https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/a-universidade-como-portal-para-o-mundo/

"A nova Política Nacional de Alfabetização e o que diz a ciência da leitura"

"Ao final do século XX, no Brasil, fechou-se o viveiro do analfabetismo adulto. Isso porque, na década de 1980, o acesso à escola estava se universalizando para crianças com idades entre 7 e 14 anos. Em 1985, o MOBRAL, programa focado em alfabetização de adultos, deu lugar à Fundação Educar, direcionada à Educação de Jovens e Adultos.

A partir dos anos 1990, todavia, começou a ficar patente que nos defrontaríamos com outro problema: o analfabetismo funcional escolarizado, ou seja, pessoas que frequentaram o ensino formal, até superior, mas têm dificuldades para entender textos simples.

No Brasil, 48% da população de 15 a 24 anos apresentou níveis de alfabetismo funcional rudimentar e elementar no INAF 2018, o Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional, divulgado pela Ação Educativa e Instituto Paulo Montenegro. Essa condição - analfabetismo funcional escolarizado e baixos níveis de alfabetismo funcional – certamente atrasa o desenvolvimento do país. Isso começou a acontecer em nosso país antes mesmo que tivéssemos debelado o analfabetismo adulto, cuja taxa agora cai mais lentamente."
"Aqui, embora 96% da população portadora de diploma de ensino superior seja funcionalmente alfabetizada, apenas 34% dela atinge nível pleno de proficiência na escala do INAF 2018.

Imagem: Reprodução | Pixabay.


Pode ser surpreendente para os leigos, mas o problema do baixo desempenho em leitura, de baixos níveis de alfabetismo funcional, ainda que em proporção muito inferior ao que ocorre em nossa experiência, acomete também países desenvolvidos.

Nossa situação é diferente da deles. Não somente em função da magnitude do problema. Nesses países o avanço da pesquisa científica pôs à disposição da sociedade meios para debelar o problema. Políticas educacionais incorporaram o estado da arte em ciência cognitiva da leitura de modo a manejá-lo e contê-lo. Isso, todavia, não é feito sem obstáculos. E nesse caso somos semelhantes.

O Brasil se atrasou muito nessa questão. A comparação com um país desenvolvido como os EUA é, mais uma vez, surpreendente. Mas esclarecedora.

Em seu número de março de 2002, a revista Scientific American publicou artigo escrito por cinco dos maiores pesquisadores da ciência cognitiva da leitura. O resumo de apresentação do artigo dizia: não é de hoje que educadores debatem a melhor maneira de ensinar crianças a ler. A pesquisa científica mostra, todavia, que um método de ensino de leitura altamente popular entre eles é fundamentalmente ineficaz."
"Em 2003 e 2011, publicações brasileiras, de iniciativa da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e da Academia Brasileira de Ciência, resumiram, e puseram à disposição do país, uma atualização de nível mundial dos achados de pesquisa científica sobre leitura. Mas as políticas educacionais de alfabetização e ensino de leitura continuaram defasadas desses conhecimentos.

E hoje, em 2019, entre educadores brasileiros, continua a ocorrer o que a Scientific American informava ocorrer entre educadores dos EUA em 2002.

Algo, no entanto, se moveu. Sob os auspícios da Secretaria Nacional de Alfabetização do Ministério da Educação uma nova Política Nacional de Alfabetização, dessa vez alinhada com o estado da arte em ciência cognitiva da leitura, foi desenhada e está em processo de implantação.

Ela define o que é ALFABETIZAR nos termos da ciência cognitiva da leitura, preconiza o uso de evidências científicas e estabelece como princípio a ênfase em seis componentes essenciais à alfabetização, do mesmo modo, em consonância com o estado da arte em ciência cognitiva da leitura: consciência fonêmica, instrução fônica sistemática, fluência em leitura oral, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de textos e produção escrita.

É nosso dever conhecê-la e apoiá-la.

* Luiz Carlos Faria da Silva é doutor em Educação pela Universidade de Campinas (Unicamp) e professor no Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Estadual de Maringá (UEM)."

FONTE:https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/a-nova-politica-nacional-de-alfabetizacao-e-o-que-diz-a-ciencia-da-leitura/

quinta-feira, 11 de julho de 2019

"Obstáculos à educação"

"Todos percebem que o problema da educação de base no Brasil parece estar nos baixos salários e formação dos professores. Mas também está na baixa qualidade de equipamentos e edificações e na gestão deficiente de escolas; no descuido com o acompanhamento dos alunos pelos governantes, gestores, familiares e professores. Mas poucos percebem que há obstáculos mais profundos provocando essas causas."



"O primeiro está no sentimento de que não somos vocacionados para estarmos entre os melhores do mundo em educação. Somos e queremos continuar sendo os melhores com os pés, não com o cérebro. Todos lembramos da derrota por 7 x 1 que levamos da Alemanha, em 2014, mas raros lembram e lamentam que ao longo de 130 anos de República ao menos 20 milhões de adultos brasileiros morreram analfabetos, e que outros 11 milhões estão vivos hoje sem ao menos reconhecer nossa bandeira, por não saberem ler “Ordem e Progresso”."

"O descontentamento de uma pessoa com a opção do filho pelo magistério decorre do sentimento nacional de que nos falta vocação para a educação"

"É como se isso fosse uma fatalidade a que estaríamos condenados. Mesmo quem investe na escola dos filhos, quer mais assegurar o salário que eles terão, do que fazê-los intelectuais educados. Por isso, lamentam quando o filho diz que quer ser filósofo ou professor, no lugar de seguir carreira que permita ganhar bem. O descontentamento de uma pessoa com a opção do filho pelo magistério decorre do sentimento nacional de que nos falta vocação para a educação.

Um segundo obstáculo é mais fácil de explicar. Depois de 350 anos de escravidão, a mente brasileira ainda acha que educação de qualidade não é para todos. No passado, senhores e escravos viam educação como privilégio de brancos livres. Hoje, ricos e pobres continuam vendo a escola de qualidade como privilégio de classes média e alta. Não sendo para todos, a educação de qualidade se limita a uma parcela da sociedade; e essa parcela não precisa também ser muito educada porque, se muitos estudam pouco, os poucos que estudam não precisam estudar muito."

"É como se isso fosse uma fatalidade a que estaríamos condenados. Mesmo quem investe na escola dos filhos, quer mais assegurar o salário que eles terão, do que fazê-los intelectuais educados. Por isso, lamentam quando o filho diz que quer ser filósofo ou professor, no lugar de seguir carreira que permita ganhar bem. O descontentamento de uma pessoa com a opção do filho pelo magistério decorre do sentimento nacional de que nos falta vocação para a educação.

Um segundo obstáculo é mais fácil de explicar. Depois de 350 anos de escravidão, a mente brasileira ainda acha que educação de qualidade não é para todos. No passado, senhores e escravos viam educação como privilégio de brancos livres. Hoje, ricos e pobres continuam vendo a escola de qualidade como privilégio de classes média e alta. Não sendo para todos, a educação de qualidade se limita a uma parcela da sociedade; e essa parcela não precisa também ser muito educada porque, se muitos estudam pouco, os poucos que estudam não precisam estudar muito."

"Cristovam Buarque é professor emérito da 
  Universidade de Brasília."



FONTE: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/obstaculos-a-educacao/

terça-feira, 9 de julho de 2019

"Sala de aula: presente!?"

"Além dos altos índices de evasão escolar no ensino médio brasileiro, há um outro fator a ser analisado que nem sempre aparece nas pesquisas, o número de alunos que estão somente fisicamente presentes em sala de aula, "cumprindo tabela". Não é sem razão que professores, pais e alunos desejam uma remodelação no trabalho escolar na última etapa da educação básica no país.

Esse mês a Talis (Teaching and Learning Internacional Survey – Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem, realizada pela OCDE a cada cinco anos) revelou pontos de atenção a respeito da aprendizagem e das condições de trabalho de professores e gestores de escolas em 48 países, entre eles o Brasil. Conforme os resultados da pesquisa, há uma forte relação entre o clima escolar e a qualidade da aprendizagem, e apontam-se as seguintes evidências no que se refere ao Brasil.

"Se conseguirmos tirar do papel o trabalho com as dez competências gerais da BNCC, já avançaremos a uma ressignificação da escola de educação básica no Brasil"

1) O dobro de frequência na constatação de incidência de intimidações, bullying e ofensas verbais entre estudantes. Apesar de este tema ser amplamente discutido, ainda é preciso que todos no ambiente escolar entendam que o bullying não é aceitável e quando de fato for enfrentado, teremos condições de combatê-lo. Quando um aluno não se sente confortável e seguro na sua escola, com certeza não há condições de aprendizado."



"2) Há 34% a mais de relatos de professores em nosso país indicando a necessidade de acalmar os estudantes antes de iniciar as aulas, reduzindo ainda mais o tempo de trabalho pedagógico.

3) As metodologias ativas são menos usadas do que na média dos outros países, mesmo com 80% dos professores brasileiros estarem abertos a adotar práticas inovadoras.

4) Sessenta por cento dos diretores brasileiros informaram que a qualidade da educação em suas escolas é prejudicada pela falta de professores qualificados, o dobro dos demais países pesquisados.

"É notório que já avançamos pela força da lei com a inclusão de 1.200 horas para os itinerários formativos como um espaço de protagonismo para o estudante no ensino médio. Por outro lado, realizar esse plano será um grande desafio. Em diversas partes do mundo, oficinas de marcenaria, costura, gastronomia, mecânica e música dividem espaço na matriz com os componentes curriculares clássicos. Isso porque, para promover o engajamento e garantir aprendizagens que sustentam e ancoram o desenvolvimento cognitivo, essas oficinas são estratégicas. E, mais, oportunizam interações que qualificam a comunicação e desenvolvem a empatia, competências necessárias para dar respostas criativas aos problemas complexos que ainda não conhecemos, que emanam de uma sociedade em profunda mudança, cuja arquitetura do mundo do trabalho ainda está sendo desenhada. Muito pouco sabemos do que será exigido para operar nesse mundo que ainda desponta no horizonte, salvo o que chamamos de qualidades humanas – ainda escassa. Mas se conseguirmos tirar do papel o trabalho com as dez competências gerais da BNCC, já avançaremos a uma ressignificação da escola de educação básica no Brasil, construindo sentido para a sua existência. É uma chance ouvirmos nas chamadas diárias, da boca e do coração de cada estudante: "presente"!"


FONTE:https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/evasao-escolares-sala-de-aula-presente/