quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Outubro Rosa

Outubro Rosa é o mês (de 1 a 31 de outubro) dedicado à prevenção do câncer de mama.
Comemorada em todo o mundo, a iniciativa começou nos EUA, quando durante esse mês várias ações de combate ao câncer de mama (mamografias e eventos) eram realizadas em vários estados daquele país.
Após alguns anos dedicando esse mês ao conhecimento, prevenção e tratamento da doença, o congresso nacional dos EUA determinou que outubro fosse o mês nacional de prevenção do câncer de mama, sendo esse o seu objetivo.
A partir de então, mundialmente em outubro, vários hospitais, clínicas e institutos facilitam o acesso aos exames de diagnósticos oncológicos.
No Brasil, a iluminação de monumentos em tons de rosa, tais como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, são mais uma ação de conscientização da campanha.
outubro rosa
Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, iluminado com a cor rosa pra 
lembrar sobre a prevenção ao câncer de mama

Símbolo do Câncer de Mama

A cor rosa se une ao mês pelo fato de o laço cor-de-rosa ser o símbolo oficial contra esse tipo de câncer que acomete, na sua grande maioria, mulheres. A escolha da cor deve-se justamente a esse fato, uma vez que é a principal cor a expressar feminilidade.
laço outubro rosa

Frases sobre a prevenção do câncer de mama

“PREVENIR é um ato de AMOR…
com você, com seu corpo e com todos que te amam” (Priscilla Rodghiero)
“Câncer tem cura. Entre de peito nessa luta!” (fraseado)
“As Mulheres mais poderosas do mundo aderiram à Campanha "Outubro Rosa"! Mês que simboliza a Luta pela Conscientização e Prevenção do Câncer de Mama.
Participe você também, fazendo seus exames de mamografia e consultando seu médico! Sua saúde é seu maior BEM!” (duelove)

terça-feira, 29 de outubro de 2019

"Alunos de escolas estaduais do Paraná terão aulas de empreendedorismo a partir de 2020" .

"A partir de 2020, escolas estaduais do Paraná começarão a implantar a disciplina de empreendedorismo para alunos a partir do sexto ano do ensino fundamental. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed), a nova matéria contempla competências previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no Referencial Curricular do Paraná, que estabelecem o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver ao longo da educação básica.



Lançada em 2017, a BNCC estabelece 10 competências que devem ser contempladas no ensino básico por escolas públicas e privadas: conhecimento; pensamento científico, crítico e criativo; repertório cultural; comunicação; cultura digital; trabalho e projeto de vida; argumentação; autoconhecimento e autocuidado; empatia e cooperação; e responsabilidade e cidadania."
"O Referencial Curricular do Paraná é um documento estadual construído em 2018 a partir das premissas do BNCC e que estabelece o que o estudante tem de aprender em cada disciplina, da educação infantil ao nono ano do ensino fundamental.

“Quando se fala em empreendedorismo não é só ser dono de um negócio: é ser empreendedor na vida”, diz Raph Gomes, diretor de Educação da Seed. “Ter uma postura empreendedora é aprender a ser protagonista, não só um sujeito passivo”, explica.

A adequação do currículo às diretrizes prevê ainda aulas de programação e robótica e a inclusão de conteúdos de educação financeira, em uma parceria com o Banco Central (BC). “São competências fundamentais para o mundo contemporâneo”, diz Mary Lane Hutner, chefe do Departamento de Educação Básica da Seed. “As mudanças no mundo exigem que a escola repense e crie formas de contemplar essas habilidades.”

O planejamento da disciplina passa por fases de análise de experiências nacionais e internacionais. Currículos de Portugual e Austrália, por exemplo, foram estudados por técnicos da secretaria, que adaptam o conteúdo ao contexto local. “Um aspecto muito próprio do estado do Paraná é a questão do cooperativismo, que será uma habilidade a ser desenvolvida dentro da disciplina”, ressalta Gomes."
"Disciplina começa em 47 escolas de período integral
Inicialmente, terão a nova disciplina as 47 escolas, de diversas regiões do estado, que dispõem de ensino integral para o nível fundamental .

Nessas instituições, em vez de 25, os alunos têm 45 aulas semanais. “Até agora, essas 20 aulas adicionais em relação aos colégios de período parcial são preenchidas com conteúdo da matriz curricular tradicional” explica Gomes. A partir de 2020, duas aulas semanais serão destinadas à disciplina de empreendedorismo – não haverá, portanto, substituição de aulas tradicionais pelas da nova matéria.

É possível que mais escolas adotem o novo conteúdo, uma vez que a Seed estuda ampliar a quantidade de escolas com atendimento integral até o ano que vem. “Temos outras 40 que demonstraram interesse e agora estamos em uma fase de análise para ver quantas dessas terão condições”, diz o diretor da secretaria.

A partir dos resultados verificados nas escolas piloto, a Seed estudará a melhor maneira de estender a inclusão da disciplina para as escolas de meio-período, o que deve ocorrer nos próximos anos.

Gomes acrescenta que a função da escola vai além do repasse de conteúdo. “A gente tem uma responsabilidade de desenvolver no estudante o conteúdo cognitivo, o que foi socialmente construído ao longo dos anos – como o conhecimento matemático, histórico e assim por diante –, mas também de desenvolver a pessoa para que ela possa ser um cidadão de direito”, diz. “Que ela tenha autonomia para tomar decisões.”

"A Seed já tem experiência com o empreendedorismo em sala de aula, porém de forma eletiva. Em 64 escolas do estado, o tema é ensinado aos alunos no contraturno em um programa em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Nesses horários, os estudantes são motivados a pensar em soluções para problemas encontrados em sala, na comunidade ou na vida pessoal. “Em Assaí, um aluno desenvolveu uma cadeira de rodas com comando de voz, pensando em uma pessoa da comunidade que tinha dificuldades para se locomover”, conta Gomes."

FONTE::https://www.gazetadopovo.com.br/parana/empreendedorismo-escolas-estaduais-pr/

SETEMBRO AMARELO

O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. No Brasil, foi criado em 2015 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida)CFM (Conselho Federal de Medicina) ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), com a proposta de associar à cor ao mês que marca o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro).
A ideia é pintar, iluminar e estampar o amarelo nas mais diversas resoluções, garantindo mais visibilidade à causa. 

Ao longo dos últimos anos, escolas, universidades, entidades do setor público e privado e a população de forma geral se envolveram neste movimento que vai de norte a sul do Brasil. Monumentos como o Cristo Redentor (RJ), o Congresso Nacional e o Palácio do Itamaray (DF), o Estádio Beira Rio (RS) e o Elevador Lacerda (BA), para citar apenas alguns, e até mesmo times de futebol, como o Santos FC, Flamengo e Vitória da Bahia, participam da campanha. 
Mas todos podem ser divulgadores desta importante causa. Ações na rua, caminhadas, passeios ciclísticos, roupas amarelas ou simplesmente o uso do laço no peito já despertam atenção e contribuem para a conscientização.
Nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. O dado, da Organização Mundial da Saúde (OMS), indica que a prevenção é fundamental para reverter essa situação, garantindo ajuda e atenção adequadas.
A primeira medida preventiva é a educação. É preciso perder o medo de se falar sobre o assunto. O caminho é quebrar tabus e compartilhar informações. Esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas contribuem para tirar o assunto da invisibilidade e, assim, mudar essa realidade. 
Hoje, 32 brasileiros se suicidam diariamente. No mundo, ocorre uma morte a cada 40 segundos. Aproximadamente 1 milhão de pessoas se matam a cada ano. Sabe-se que os números são muito maiores, pois a subnotificação é reconhecida. Além disso, os especialistas estimam que o total de tentativas supere o de suicídios em pelo menos dez vezes.  
Mas como buscar ajuda se muitas vezes a pessoa sequer sabe que pode receber apoio e que o que ela sente naquele momento é mais comum do que se divulga? Ao mesmo tempo, como é possível oferecer ajuda a um amigo ou familiar se também não sabemos identificar os sinais e muito menos temos familiaridade com a abordagem mais adequada?
É fato que o suicídio é um fenômeno complexo, de múltiplas determinações, mas saber reconhecer os sinais de alerta pode ser o primeiro e mais importante passo.
"Isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer” podem indicar necessidade de ajuda."
Faça parte desta causa! E não se esqueça:
"A campanha é em setembro, mas falar sobre prevenção do suicídio em todos os meses do ano é fundamental!"

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Uma questão de liberdade de escolha

Qualquer debate sobre educação domiciliar – ou homeschooling – deveria começar com uma lista que envolve em torno de 60 nomes. Faço questão de citar alguns: Estados Unidos, Canadá, Portugal, Áustria, França, Nova Zelândia e Austrália. Todos são países desenvolvidos, com índices de qualidade de vida e educacional que superam em muito os números brasileiros. Todos têm a educação domiciliar como modalidade educacional legitimamente reconhecida ou regulamentada.

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Legitimar a educação domiciliar é questão de reconhecimento de direitos, de liberdade de escolha por parte das famílias

É provável, contudo, que os detratores dessa forma de ensino apelem ao argumento de que, justamente por serem países de primeiro mundo e não compartilharem dos problemas que o Brasil enfrenta, não deveriam servir de parâmetro. Essa linha de raciocínio tem fragilidades evidentes, mas nem sequer é preciso expô-las. Basta prosseguir com a lista. Nela estão nossos vizinhos Chile e Colômbia, além de nações caribenhas, como Bahamas, Barbados e Jamaica. A África do Sul regulamentou o homeschooling em 1996. A ilha asiática de Taiwan o fez em 1999, e no ano seguinte foi a vez de Cingapura. Até a Rússia, com todo o seu passado de comunismo e controle estatal, já regulamentou a prática, tornando-a completamente legítima em todo o seu território desde 2012.
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Não é difícil supor que grande parte desses países enfrentou questionamentos semelhantes aos levantados no Brasil. O da falta de socialização, por exemplo, é o mais fácil de ser derrubado, pois quem o invoca parece partir do pressuposto de que só na escola é possível socializar. Parecem ignorar que crianças também podem brincar juntas e conviver em condomínios residenciais, parquinhos públicos, igrejas, cursos de idiomas, academias de judô ou balé, em grupos de escoteiros etc.
Outro ruído no debate que precisa ser esclarecido diz respeito à “prioridade” do tema. Com o objetivo de provocar desinformação, opositores à prática têm dito que o governo devia se preocupar com políticas públicas mais relevantes. A armadilha nessa sentença está em tratar o homeschooling como política pública, quando nem o governo, nem nenhum dos autores de projetos de lei sobre o tema o fazem. Legitimar a educação domiciliar é questão de reconhecimento de direitos, de liberdade de escolha por parte das famílias. Não se trata de demonizar a escola, mas sim de poder optar sobre onde educar os filhos: na escola ou em casa.
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Hoje, ainda que uma mãe hipotética tenha toda a formação acadêmica voltada para a alfabetização, inclusive com doutorado na área, e queira educar os próprios filhos em casa, ela não pode. É obrigada pelo Estado a confiar na escola pública, cujos problemas não é preciso mencionar, ou a pagar muito para matriculá-los em uma instituição privada, onde também não há garantias de que receberão instrução melhor do que aquela que ela própria poderia oferecer em casa. Esse exemplo mostra como a situação atual não é nem sequer razoável.
Evidentemente, é preciso não descuidar das crianças em situação de vulnerabilidade social, que poderiam ser vítimas de responsáveis relapsos e acabarem em estado de abandono intelectual. No entanto, é justamente para evitar esses casos que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento que discutiu o assunto, em 2018, estipulou as balizas a serem respeitadas pela futura legislação brasileira sobre o tema. No acórdão publicado pela corte é dito que a Constituição Federal não proíbe a educação domiciliar, contanto que ela “respeite o dever de solidariedade entre a família e o Estado”, cumprindo um “núcleo básico de matérias acadêmicas” e prevendo a “supervisão, avaliação e fiscalização pelo poder público”.
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O mundo, a história e até mesmo a Justiça brasileira já deram sinal verde para a educação domiciliar. É hora de o Congresso Nacional fazer a sua parte.
Filipe Barros é deputado federal (PSL-PR).

Em favor da escola

homeschooling está entre as prioridades do atual governo e a votação para que ganhe a categoria de modalidade de ensino no Brasil pode ocorrer ainda neste ano. Esse modelo confere aos responsáveis permissão para não matricular seus filhos em escolas públicas ou particulares, e assumir a responsabilidade por orientar os estudos em casa. Mesmo sem uma lei que o regulamente, estima-se haver cerca de 15 mil estudantes cujas famílias optaram pelo ensino domiciliar, sob o argumento de que os filhos estariam mais seguros em casa, dos pontos de vista físico e psicológico. Essas famílias questionam a qualidade do trabalho em sala de aula e respaldam a sua decisão em convicções ideológicas e religiosas. A pergunta que fica é: até quando esses estudantes terão de ficar “protegidos” em casa?

O trabalho da escola é construído na premissa de que somos seres sociais por natureza e, como tal, precisamos conviver com gente, de preferência, bem diferente de nós. Essa diversidade, além de representar um fato, o de que somos únicos, é também a maior riqueza de uma nação civilizada, pois ajuda a compreender e respeitar as diferenças como características do ser humano. Se somos seres plurais, como exercitar a cidadania sem privilegiar o espaço coletivo da escola? Isso não significa que a escola não precise melhorar. Mas daí a não reconhecer o valor social da escola é, no mínimo, desumano – para não dizer injusto – com as novas gerações.
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Se lançarmos um olhar para o mundo do trabalho, teremos ainda mais elementos para defender a escola. Afinal, para operar dignamente na vida profissional contemporânea, são necessárias muitas habilidades para além das cognitivas. Hoje, é consenso que a maior parte das demissões acontece por falta de capacidade empática, de cooperação e de cocriação. Não nascemos sabendo operar dessa forma, precisamos aprender. E é para isso que os espaços de convivência em grupo e a pluralidade de experiências cognitivas, sociais, culturais e afetivas – que a escola proporciona – são ricas oportunidades para administrar alegrias e frustrações entre pares e professores e avançar no processo de humanização.

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Se parássemos por aqui já teríamos argumentos suficientes. Porém, além de tudo isso, a escola é um dos mais importantes canais de denúncias, nos conselhos tutelares, de abusos por pais, mães e responsáveis contra a criança e o adolescente. São crimes que podem acabar ficando velados no espaço da família, visto que o Ministério da Educação e suas secretarias já encontram dificuldade de fiscalizar adequadamente o funcionamento das escolas – imagine, então, assumir a fiscalização em domicílios, aprovar e avaliar planos pedagógicos individuais.

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Quando, de maneira rasa e simplista, se propõe comparação com países que implantam a política de homeschooling, é necessário considerar o valor que a educação formal representa para essas famílias, as quais, em sua maioria, investem recurso muito superior ao que investiria se seu filho estivesse em uma escola convencional. Cada vez que ampliamos o escopo de uma política pública e permitimos a escolha, antes é necessário avaliar o discernimento de quem pode escolher, entendendo que a alienação da sociabilidade compromete inexoravelmente o processo civilizatório.
Acedriana Vicente Vogel é diretora pedagógica da Editora Positivo.