segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Em SP só metade dos pais diz que escola particular é “influência positiva”

Em outras capitais cerca de 90% dos familiares responderam sim a item da pesquisa feita apenas na rede particular.

Pesquisa feita apenas com escolas particulares mostra que a percepção de pais em São Paulo é diferente da que têm os de Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Belo Horizonte. Na consulta, 10.028 pais responderam questionários que incluíam concordar ou não com a afirmação “a escola exerce influência positiva na vida do meu filho”. Enquanto nas demais capitais, o “sim” foi escolhido por cerca de 90% dos familiares, em São Paulo apenas 57% foram afirmativos.

NYT
Pesquisa também ouviu alunos que dizem ter apoio dos pais
pela educação escolar

Os pais que mais concordaram foram os de Salvador, com 92%, seguidos do Recife, com 91%, depois Belo Horizonte (87%) e Rio de Janeiro (86%). Além de responder "não" era possível deixar a questão em branco, opção que foi escolhida por 41% dos pais em São Paulo. “Não havia alternativa mais ou menos ou não sei. Queríamos mesmo que a pessoa escolhesse sim ou não, mas em São Paulo, os pais parecem menos à vontade em afirmar uma das duas hipóteses”, explica Juliana Miranda, gerente da avaliação docente da Avalia, assessoria educacional e instituto de pesquisas do grupo Moderna.
Em uma outra afirmação, “sinto que meu filho fica em segurança na escola”, novamente os pais de São Paulo foram os que menos concordaram, repetindo os índices de 57% com “sim”, 2% com “não” e 41% em branco. Novamente as outras capitais tiveram cerca de 90% de “sim”.
A pesquisadora afirma que não se trata de ter deixado o questionário em branco. “Consideramos apenas famílias que responderam à pesquisa, foram apenas estes itens que foram deixados sem resposta.”            
A rede particular paulista tem, de forma geral, os melhores indicadores do País em avaliações padronizadas . Também é a mais extensa motivo pelo qual, das 54 escolas pesquisadas, 28 ficam em São Paulo.

Alunos e professores
           
A pesquisa também ouviu os estudantes e educadores. Entre os alunos, houve respostas que demonstram acompanhamento dos pais em relação aos estudos, à lição de casa e frequência escolar. Em todas as cidades, neste caso, o público da rede particular disse que a família apoia os estudos.
Aos professores, entre as perguntas, foi questionado se lecionava em disciplina da área de formação. No Recife, 8% disseram que não. Em Salvador, 6%; em São Paulo, 5%; no Rio de Janeiro, 3%; e, em Belo Horizonte, 2%. Também no Recife apareceu o pior dado sobre professores que atuam ao mesmo tempo em várias escolas. Na capital de Pernambuco, 41% disseram atuar em mais de duas escolas, enquanto a média no Brasil foi de 15% para este item.

FONTE:http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-08-19/em-sp-so-metade-dos-pais-diz-que-escola-particular-e-influencia-positiva.html

Governo contesta dados usados pela ONU no levantamento do IDH

Ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirmou que dados brasileiros estão defasados. Ministro da Educação também criticou levantamento

nsatisfeito com o resultado do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o governo apressou-se para contestar os dados e questionar o levantamento feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). "Alguns países podem não ter dados atualizados, mas nós temos. (O Pnud) Sistematicamente, usa dados que nós não reconhecemos, dados defasados", criticou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. "Os dados brasileiros estão incorretos, a avaliação é injusta com o Brasil

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também criticou o levantamento: "Se distribuímos renda, se reduzimos a população em extrema pobreza, se temos uma grande mobilidade social, por que o indicador do IDH não reflete tudo que fizemos?". O Brasil manteve o 85.º lugar na lista do Índice de Desenvolvimento. A média obtida foi de 0,730 de uma escala que vai de 0 a 1. Com essa nota, o País permanece no grupo de "desenvolvimento humano alto".

De acordo com Tereza, o governo recebeu o relatório "com sentimentos divididos". "A leitura do relatório qualitativo é uma leitura que, particularmente, nos orgulhou a todos; durante todo o relatório (há), referências elogiosas, somos citados como modelo (de) novo desenvolvimento inclusivo, novo paradigma, em vários momentos o Brasil é destacado como referência nas inovações de políticas sociais", afirmou. "Quando vamos para a construção dos indicadores, os dados continuam desatualizados, se todos os países tivessem dados desatualizados, ficariam todos frustrados. Algumas metodologias não entendemos, continuamos frustrados com esses indicadores e ranqueamento."

Em nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) considera que os dados de educação usados no relatório são "de 2005 e de fontes não reconhecidas pelas agências estatísticas nacionais". "Para alguns países, os dados utilizados no cálculo são atualizados para o ano de 2010", alega.

Segundo o Inep, dois importantes indicadores da área - a média dos anos de escolaridade e anos de escolaridade esperados - "apresentam graves distorções". "No que se refere à 'média de anos de escolaridade', os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 2011 indicam um valor de 7,4 anos para a população de 25 anos ou mais, enquanto o Pnud utiliza um valor de 7,2 anos. Quanto aos 'anos de escolaridade esperados', o Pnud apresenta um valor para o Brasil igual a 14,2 que se mantém constante desde o ano 2000. A razão dessa grave distorção, além da desconsideração dos dados oficiais mais recentes, é a não consideração das crianças de 5 anos matriculadas na pré-escola, bem como das matriculadas nas classes de alfabetização (CA), ou seja, são desconsiderados no cálculo cerca de 4,6 milhões de matrículas de crianças brasileiras", diz a nota. "Só queremos que corrijam aquilo que é de direito do País", declarou Mercadante. Conforme ele e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, funcionários da administração federal viajarão a Nova York para discutir com técnicos do Pnud os dados usados no levantamento.

FONTE:http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-03-14/governo-contesta-dados-usados-pela-onu-no-levantamento-do-idh.html

 

Brasil mantém 85ª posição no ranking do IDH da ONU

Apesar da estagnação no ranking, ONU afirma que País mudou padrão histórico em muito pouco tempo

O Brasil manteve o 85º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano preparado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, posto apresentado desde 2007. O índice obtido foi de 0,730, em uma escala que vai de 0 a 1. Com essa nota, o País permanece no grupo de Desenvolvimento Humano Alto.

Apesar da estagnação refletida no ranking, integrantes do PNUD capricharam nos elogios feitos ao desempenho do País nas últimas décadas. "O País mudou o padrão histórico em muito pouco tempo e é reconhecido por isso", afirmou o coordenador residente do sistema ONU no Brasil, Jorge Chediek.

O IDH é calculado com base em indicadores de renda, educação e longevidade, ou seja, saúde. Os dados revisados para 2011 atribuem ao Brasil o índice 0,728. A Noruega, primeira colocada no ranking, chegou a 0,955.

O PNUD reconheceu que utiliza em seu trabalho dados menos atualizados que os do governo brasileiro - motivo de críticas oficiais no passado. Se os dados mais recentes tivessem sido utilizados, o IDH seria mais alto: 0,754.

O Brasil aparece 137 vezes nos textos, gráficos e tabelas do relatório - um recorde desde a primeira avaliação do PNUD, feita em 1990. Uma das razões desse destaque é o próprio enfoque do trabalho, centrado no crescimento econômico dos países em desenvolvimento e nas consequências sociais do fenômeno. O título do relatório é "A ascensão do Sul - progresso humano em um mundo diverso".

Entre 1990 e 2012, praticamente todos os países tiveram melhoras em seu IDH. Mas o Brasil aparece em um grupo de 40 nações que, no período, apresentaram desempenho "significativamente superior" ao previsto, dada sua condição em 1990. Na mesma categoria estão China, Índia, Coreia do Sul, Turquia e México, entre outros.

Para os autores do relatório, o que explica a performance superior de alguns países nas últimas duas décadas são fatores como "Estado desenvolvimentista proativo, aproveitamento dos mercados mundiais e inovações em políticas sociais".

Educação e saúde

O desempenho na área social foi o principal impulsionador dos avanços do Brasil: o País teve melhoras mais significativas na educação e na saúde que na renda média de sua população.

De 1990 a 2012, entre os 15 países que mais reduziram seu "déficit de IDH" (distância em relação à pontuação máxima), estão Brasil, Argélia e México, "apesar de sua renda per capita ter crescido, em média, apenas entre 1% e 2% ao ano".

O desempenho econômico não tão forte desses países foi compensado, de acordo com o relatório, pela "primazia nos investimentos estatais (...) em saúde, educação e nutrição".

No caso da educação no Brasil, os pesquisadores detectaram uma melhora "espetacular". Citaram o fato de o País ter apresentado, entre 2000 e 2009, o terceiro maior "salto" de pontuação em matemática nos testes do Pisa, programa internacional de avaliação do desempenho de estudantes. Como deflagrador desse avanço, o relatório cita a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), em 1996, que estabeleceu um piso nacional de gastos por aluno e ampliou os investimentos em ensino nas regiões mais pobres do País.

O Brasil também ganhou elogios por ter reduzido a desigualdade entre seus cidadãos, graças "à criação de um programa de redução da pobreza, à extensão da educação e ao aumento do salário mínimo".

O relatório destaca o fato de o Bolsa Família - "versão otimizada do Bolsa Escola", programa criado em 2001 - ter alcançado mais de 97% de sua população-alvo em 2009. Como resultado, além da redução da pobreza, observou-se um fenômeno de "empoderamento das mulheres", já que elas têm prioridade no recebimento dos cartões magnéticos para a retirada do benefício.

FONTE:http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-03-14/brasil-mantem-85-posicao-no-ranking-do-idh-da-onu.html


  



Brasil quase dobra Índice de Desenvolvimento Humano Municipal em 20 anos

IDHM passou de 0,493, em 1991, - considerado muito baixo - para 0,727, o que representa alto desenvolvimento

Nas últimas duas décadas, o Brasil quase dobrou o seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), passando de 0,493, em 1991, - considerado muito baixo – para 0,727, em 2010, o que representa alto desenvolvimento humano, conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013. No período, país registrou crescimento de 47,8% no IDHM.
Em 1991, 85,5% das cidades brasileiras tinham IDHM considerado muito baixo. Em 2010, o percentual passou para 0,6% dos municípios. De acordo com o levantamento, em 2010, o índice de municípios com IDHM considerado alto e médio chegou a 74%, enquanto em 1991, não havia nenhuma cidade brasileira com IDHM considerado alto e 0,8% apresentavam índice médio. Pela escala do estudo, é considerado muito baixo o IDHM entre 0 e 0,49, baixo entre 0,5 e 0,59; médio de 0,6 e 0,69, alto 0,7 e 0,79 e muito alto entre 0,8 e 1,0.
O IDHM é o resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos dos censos do IBGE de 1991, 2000 e 2010. O estudo é dividido em três dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida longa e saudável [longevidade], ter acesso a conhecimento [educação] e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas [renda]. O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.
De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro, o Brasil conseguiu reduzir as desigualdades, principalmente, pelo crescimento acentuado dos municípios menos desenvolvidos das regiões Norte e Nordeste.
“A fotografia do Brasil era muito desigual. Houve uma redução, no entanto, o Brasil tem uma desigualdade amazônica, gigantesca, que está caindo. O Brasil era um dos países mais desiguais do mundo, continua sendo, mas houve uma melhora. Podemos antecipar um futuro melhor”, frisou o presidente do Ipea e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri.
Principal responsável pelo crescimento do índice absoluto brasileiro, o IDHM Longevidade acumulou alta de 23,2%, entre 1991 e 2010. O índice ficou em 0,816, em 2010. Com o crescimento, a expectativa de vida do brasileiro aumentou em 9,2 anos, passando de 64,7 anos, em 1991, para 73,9 ano, 2010.
“A melhoria da expectativa de vida é muito significativa. Um brasileiro que nasce hoje tem expectativa de vida nove anos maior o que era há 20 anos, principalmente por uma queda na mortalidade infantil”, explicou o representante PNUD no Brasil Jorge Chediek.
Os municípios catarinenses de Blumenau, Brusque, Balneário Camboriú e Rio do Sul registraram o maio IDHM Longevidade, com 0,894, e expectativa de vida de 78,6 anos. As cidades de Cacimbas (PB) e Roteiro (AL) tiveram o menor índice (0,672) e expectativa de 65,3 anos.
O levantamento aponta ainda que a renda per capita mensal do brasileiro cresceu R$ 346 nas últimas duas décadas, tendo como base agosto de 2010. Entre 1991 e 2010, o IDHM Renda evoluiu 14,2%, contudo, 90% dos 5.565 municípios brasileiros aparecem na categoria de baixo e médio desenvolvimento neste índice.
Apesar do crescimento, a desigualdade fica clara quando comparados os extremos do indicador. O município de São Caetano do Sul (SP), primeiro colocado no IDHM Renda, registrou renda per capita mensal de R$ 2.043, o último colocado, Marajá do Sena (MA), obteve R$ 96,25. Uma diferença de 20 vezes.
O IDHM Educação, apesar registrar a menor contribuição para o IDHM absoluto do país, passou de 0,278, em 1991, para 0,637, em 2010. O crescimento foi impulsionado, segundo o atlas, pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem no período.
* Com informações da Agência Brasil

FONTE:http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-07-29/brasil-quase-dobra-indice-de-desenvolvimento-humano-municipal-em-20-anos.html

Cidades com educação pior têm maior população jovem

Municípios com mais baixo IDHM Educação são exatamente os que têm a maior proporção de crianças e adolescentes

O Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, lançado na semana passada, mostra que os municípios com piores indicadores em educação têm, proporcionalmente, o dobro de crianças e adolescentes do que os com os melhores índices. Nas cidades mais bem colocadas no quesito educacional do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) apenas um quarto da população tem até 19 anos enquanto nos últimos lugares mais da metade da população está nesta faixa etária.

A educação é no Brasil o fator mais atrasado dos três que compõem o índice feito pela Organização das Nações Unidas. Na média, os municípios brasileiros chegam a 0,637 em uma escala de zero a um. Os outros dois quesitos são Longevidade, em que a média é 0,816 e Renda, com 0,739. Apesar disso, o índice feito a cada 10 anos mostra um salto grande em duas décadas. Em 1991, a média das cidades era de apenas 0,278.

Atualmente, apenas cinco dos 5.565 municípios estão abaixo deste patamar. O cruzamento de dados do Atlas por cidade – também lançado a cada 10 anos – mostra que há um agravante nestas cidades. Além de terem os piores indicadores, elas estão entre as com maior população em idade escolar.

Ranking: Pela 3ª vez, São Caetano tem o melhor ÍDHM do País
 
As duas piores colocadas do Brasil em IDHM são Melgaço e Chaves, ambas no Pará. Em Melgaço, onde o IDHM Educação é de 0,207, um total de 56% dos moradores têm até 19 anos e, em Chaves, que tem 0,234 de IDHM Educação, 51% estão na mesma faixa etária.

Nas cidades com os melhores índices a proporção de crianças e adolescentes é menos que a metade das piores, mesmo quando também se trata de pequenos municípios como é o caso da campeã nacional, a pequena Águas de São Pedro, menor município de São Paulo com menos de 3 mil habitantes. Ali, o IDHM Educação é de 0,825 e só 23% dos moradores têm até 19 anos. A segunda colocada, São Caetano do Sul, segue o padrão, 0811 de IDHM Educação e 22% de população entre crianças e adolescentes.

A comparação dos dados usados para compor o índice explica melhor a diferença entre as cidades e ajudam a visualizar tanto que ainda há muito a fazer mesmo nos municípios com bons números como quanto o atendimento a população infanto-juvenil pesam no IDHM Educação.

Veja:

Indicador Águas de São Pedro (SP) Melgaço (PA)
Total de crianças de 5 e 6 anos que frequentam a escola 100% 59%
Total de crianças de 11 a 13 anos nos anos finais do ensino fundamental 97% 36%
Total de adolescentes de 15 a 17 anos com fundamental completo 74% 7%
Total de pessoas de 18 a 20 anos com ensino médio completo 75% 6%
Total da população com fundamental completo 75% 12% 
  


FONTE:http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-08-09/cidades-com-educacao-pior-tem-maior-populacao-jovem.html