domingo, 25 de março de 2012

Morreu o escritor italiano Antonio Tabucchi

O escritor italiano Antonio Tabucchi faleceu em Lisboa aos 68 anos após uma longa doença, informou neste domingo o tradutor de sua obra para o francês, Bernard Comment. Imagem: AFP Photo
O escritor italiano Antonio Tabucchi faleceu em Lisboa aos 68 anos após uma longa doença, informou neste domingo o tradutor de sua obra para o francês, Bernard Comment. Imagem: AFP Photo


A Itália perdeu um de seus melhores escritores, muitas vezes cotado para o Nobel de Literatura, com a morte neste domingo em Lisboa de Antonio Tabucchi, vítima de uma longa doença aos 68 anos. Considerado um dos maiores autores italianos contemporâneos, Antonio Tabucchi escreveu obras como "Afirma Pereira" e "O Tempo Envelhece Depressa".
Segundo o jornal La Repubblica, do qual o grande escritor era colaborador, Antonio Tabucchi foi vítima de um câncer. Autor de mais de 20 livros traduzidos para quase 40 idiomas, este romancista, professor universitário e ensaísta era o principal tradutor e promotor da obra do escritor português Fernando Pessoa em italiano.
Vários romances de Tabucchi foram adaptados para o cinema, como "Noturno Indiano" (prêmio Médicis estrangeiro, 1987), por Alain Corneau, e "Afirma Pereira", por Roberto Faenza, com Marcello Mastroianni como protagonista, o que contribuiu para o sucesso da obra. Profesor de literatura portuguesa na Universidade de Siena (Italia) e romancista, Antonio Tabucchi foi articulista dos jornais Corriere della Sera e El País (Espanha). Foi um grande crítico do governo de Silvio Berlusconi.
O funeral acontecerá na próxima quinta-feira na capital de Portugal, um país que virou sua segunda pátria. "Um amigo, um companheiro de estrada, um homem que viveu seu tempo com paixão e raiva, um intelectual europeu, um grande escritor nos abandonou", afirma um comunicado da editora italiana Feltrinelli.
O vice-presidente do Senado, Vannino Chiti, lamentou "a morte dolorosa de Antonio Tabucchi que nos afeta a todos" e destacou o "patrimônio apreciado de romances e obras, traduções e ensaios" deixado pelo escritor. Filho único de um vendedor de cavalos, Tabucchi, nascido em 24 de setembro de 1943 em Pisa, na Toscana, estudou Filologia Românica e, a partir de 1962, Literatura em Paris, onde descobriu o poeta Fernando Pessoa ao ler a tradução para o francês de um de seus poemas.
O entusiasmo com a descoberta o levou a estudar o idioma e a cultura de Portugal, que se tornou sua segunda pátria. Tabucchi estudou Literatura Portuguesa na Universidade de Siena e redigiu uma tese sobre o "Surrealismo em Portugal". Apaixonado por Pessoa, traduziu toda sua obra para o italiano, ao lado da mulher, que conheceu em Portugal.

Da AFP Paris

Fonte:http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20120325143516&assunto=106&onde=Viver

terça-feira, 20 de março de 2012

Brasileiro é escolhido melhor professor do ano de todo condado de Miami-Dade

Brasileiro é escolhido melhor professor do ano de todo condado de Miami-Dade

 
Alexandre Lopes com as crianças do programa de inclusão que criou na escola Carol City Elementary, em Miami.
 Foto de Carla Guarilha.

Um brasileiro está fazendo história nos EUA com um projeto de inclusão em escolas: Alexadre Lopes recebeu o prêmio de Melhor Professor do Ano de Miami-Dade.
Ele foi escolhido entre 24 mil professores de todas as escolas públicas do condado.  O processo de seleção é longo e incorpora diversos aspectos do professor, fora e dentro da sala de aula, desde o seu método de ensino à filosofia e politica educacional.
“É um orgulho, uma honra muito, muito grande deles terem escolhido neste país um brasileiro nascido e criado no Brasil”, diz ele.   “Foi um processo intenso de seleção.  “Não foi só pré-escola, não foi só no departamento de crianças especiais, não foi só entre os latinos.  Eu competi em termos de igualdade com todos os professores daqui”.
Lopes ganhou um Toyota novinho, US$5.500 e uma bolsa de estudos na Nova University – que ele abriu mão pois já está cursando o doutorado na Florida International University.

Lopes com seu novo Toyota.
 Foto de Carla Guarilha.

Mas para ele, o mais importante foi receber o troféu, que simboliza o reconhecimento do seu trabalho. E as homenagens não param. Hoje, Alexandre vai receber uma homenagem de Bárbara J. Jordan, representante de um dos condados de Miami-Dade.

Troféu de Melhor Professor do Ano. Cortesia Alexandre Lopes.

“Levou um bom tempo para conseguir o respeito pelo que eu faço, e acho que foi muito importante ganhar esse titulo, não só por mim mas, por todos os outros professores que trabalham na pré-escola”, diz Lopes emocionado. Hoje aos 43 anos, o carioca é, agora, o porta-voz de educação de todo o condado de Miami-Dade. O próximo passo é o prêmio estadual com mais 71 concorrentes.  Se ganhar, entra como finalista ao prêmio nacional, que será anunciado no inicio de 2013.
Seu programa de inclusão é composto de dois grupos diários de 12 crianças, de 3 a 5 anos – um de manhã e outro no inicio da tarde. Em cada grupo, há oito que exibem desenvolvimento regular da idade e quatro com algum tipo de desordem que compromete o desenvolvimento, como, por exemplo, o autismo.
“As crianças com autismo estão integradas a um ambiente onde elas tem a capacidade de interagir socialmente com crianças fora do espectro autista”, diz ele. “É uma sala de aula normal, onde temos alunos com autismo e alunos sem autismo.  Não são diferenciados em absolutamente nada”.

Lopes com um dos alunos.
 Foto de Carla Guarilha.

Numa rotina extremamente bem estruturada, Lopes, apaixonado pela música – e um estudioso de piano desde cedo, usa a sonoridade e a melodia como técnicas de ensino – na comunicação, compreensão e aprendizado de palavras e respeito mútuo.
Na hora que entram na sala de aula, as crianças dão as mãos e formam uma roda, cantando, “we are glad you are here.  Hello to you and me” (“estamos felizes por estarem aqui. Olá para você e para mim”), fazendo com que todos se sintam bem-vindos e unidos.  Lopes usa tambores e canções para ensinar conceitos, como tolerância e o controle emocional: “When you are mad, take a deep breath and relax” (“quando está bravo, respira fundo e relaxa”).  (Veja vídeo no fim da coluna.)
“O que enfatizamos aqui, que de repente não é tão enfatizado em outras salas de aula, — mas que na minha opinião deveria ser enfatizado em todos os lugares — é o ensino da interação social: como lidar com uma pessoa, pegar sua atenção, olhar no olho daquela pessoa, chamá-la pelo nome”, diz o carioca, que atribui parte do seu sucesso ao fato de ser brasileiro – não só pela sua musicalidade mas pela forma que se relaciona com as pessoas.

Foto de Carla Guarilha.

“Eu acho que faço com que cada um se sinta especial, e isso é importante”, diz ele.  “Eu acho que o brasileiro tem isso, quando quer, de realmente mostrar ao mundo do que ele é capaz”.
Lopes nunca se imaginou trabalhando na área de educação.  Nascido e criado em Petrópolis, o carioca se formou em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e trabalhava em companhias aéreas.  Sempre gostou muito de viajar, e em 1995, se mudou para Miami.  Aqui, como comissário de bordo, na época pela United Airlines, fazia rotas para a América Latina e servia como intérprete de português e espanhol.  Com os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, as companhias aéreas tiveram muitos problemas financeiros, e a United ofereceu um pacote de benefícios para quem se afastasse.  Lopes aceitou imediatamente, e retomou os estudos.  Validou em Miami seu diploma do Brasil e começou mestrado em “Educação Especial” na Universidade de Miami, com foco em crianças autistas, rumo a um trabalho sério que, está rendendo frutos.

 Fonte:http://colunistas.ig.com.br/diretodemiami/2012/03/20/brasileiro-e-escolhido-melhor-professor-do-ano-de-todo-condado-de-miami-dade/




A FUNÇÃO DO PEDAGOGO NA ESCOLA PÚBLICA

Francisco Duque S. B. Filho
Artigo Científico apresentado ao profº José Batista de Oliveira na disciplina Filosofia da Educação II

Resumo

Este trabalho fala sobre qual é a função do pedagogo na escola pública, dando ênfase a três destas funções: admistração escolar, supervisão e orientação pedagógica. Reclama a ausência deste profissional na rede de ensino, fato este que pode comprometer seriamente o processo educativo. Conclui-se que esta reflexão sobre o papel do pedagogo na escola atingiu a pequena dimensão que pretendia atingir, ou seja despertar no leitor a conscientização da necessidade de se inserir o pedagogo no local que é seu de direito.

Palavras-chaves:  Pedagogo-administrador,  pedagogo-supervisor, 
pedagogo-orientador.                                                        

Agradecimentos

Ao Único Deus Salvador nosso por Jesus Cristo nosso Senhor.
Ao Profº. José Batista de Oliveira não só pela orientação prestada para a realização deste trabalho, mas por todo trabalho que vem desempenhando no Campus II de Imperatriz
A todos que contribuíram de forma direta e indireta para a concretização desta pesquisa.  
  
Introdução

No cotidiano freqüentemente nos deparamos com a seguinte indagação: “o que faz o pedagogo”? “qual a função do pedagogo”? dando a impressão que os autores destas perguntas desconheçam  qual é a função do pedagogo, o que ele faz, onde atua. Podemos entender essa alienação sobre o que faz o pedagogo como uma conseqüência da falta deste profissional na escola, isto porque a função do pedagogo está sendo exercida por outros profissionais da educação. Diante disso é que sentimos a necessidade de fazer esta reflexão sobre o papel do pedagogo na escola pública.
Para a realização deste trabalho fizemos pesquisa bibliográfica, e fizemos uso da nossa experiência enquanto acadêmicos.
Pretendeu-se que este trabalho proporcionasse, de forma muito sintética, mas objetiva, uma familiarização com as principais funções do pedagogo na escola pública, como também refletir sobre a importância deste profissional para a educação.
Como o campo de atuação deste profissional na escola é amplo (diretor, professor, supervisor, orientador, consultor, pode trabalhar também em empresas públicas e privadas) nos limitamos neste artigo a falar sobre o pedagogo-administrador, pedagogo-coordenador ou supervisor pedagógico, pedagogo-orientador, e por último a ausência do pedagogo na escola pública.
Entendemos que é urgente a necessidade de colocar este profissional no lugar que é seu de direito, até porque o pedagogo é especialista em educação por excelência, ou seja, é aquele que detêm os métodos e técnicas a ser utilizado no processo ensino-aprendizagem.
 

O pedagogo administrador

O pedagogo-administrador escolar gerencia  e supervisiona  o sistema de ensino cabendo a ele elaborar as políticas educacionais dentro de um contexto sócio-político-cultural, visando condições adequadas (materiais e ambientais) para a formação dos alunos.
É necessário que o pedagogo-administrador além de dominar as técnicas da ciência da administração, conheça também o contexto sócio-político-cultural da sociedade na qual está inserido, só assim, ele poderá administrar de forma eficaz, propondo soluções adequadas às mais variadas situações que forem surgindo.
“Na medida em que a prática da administração escolar é tratada ‘puramente’ técnica, são omitidas as suas articulações com as estruturas econômicas, política social, obscurecendo a análise dos condicionamentos da educação...”. (FELIX, 1989, p. 81-2)
são muitos os papéis a serem desempenhados pelo diretor dentro da escola, na área da gestão, animação e avaliação , exigindo deste a competência técnico-pedagógica para garantir o sucesso do processo ensino-aprendizagem.
O pedagogo-administrador não é o único responsável pela administração escolar, embora o corpo docente tenha funções diferentes, todos estão envolvidos direta ou indiretamente com a administração escolar, inclusive o educando e a sociedade. 

O pedagogo supervisor

O papel do pedagogo supervisor na escola pública é auxiliar o corpo docente, visando aperfeiçoar o desempenho deste na utilização dos recursos didáticos, na metodologia de transmissão do conteúdo, e por fim, propor qual o tipo de avaliação  que proporcione resultados mais significativos ao desenvolvimento dos educandos.
“A atuação do pedagogo escolar é imprescindível na ajuda aos professores no aprimoramento do seu desempenho na sala de aula (...), na análise e compreensão das situações de ensino com base nos conhecimentos teóricos, ou seja, na vinculação entre as áreas do conhecimento pedagógico e trabalho em sala de aula”. (LIBÂNIO, 2000,p.54)
O pedagogo-supervisor deve conhecer os problemas, necessidades e recursos existentes na escola, só assim ele pode propor alternativas eficazes, que atendam as necessidades da escola onde atua.
Portanto é evidente que a atuação do pedagogo-supervisor na escola contribui com o processo ensino-aprendizagem, resultando em mudança de atitude do corpo docente e dos educandos, cujo resultado final é a melhoria no desempenho destes. 

O pedagogo-orientador

A função do pedagogo-orientador é de assistir o aluno e toda a equipe que está envolvida no processo ensino-aprendizagem (professores, familiares e a sociedade), propondo alternativas que visem à redução da evasão escolar e o acesso de todos à escola, tornando-a igualitária e democrática.
Para que o pedagogo-orientador desempenhe sua função com diligência é necessário além da formação, que ele tenha condições adequadas de trabalho. Isso significa dizer que é preciso observar o número de alunos que o pedagogo pode atender sem comprometer a qualidade do processo.
“Numa escola com o número elevado de alunos em proporção a orientadores (...) ocorre certamente o atendimento de uns poucos alunos, ficando a maioria deles sem receber os benefícios da orientação educacional”. (Id.,Ibid,p.27)
Não há uma ação única que venha proporcionar melhoras no processo ensino-aprendizagem, mas, todas as funções didáticas são interdependentes, pois buscam um alvo comum: o sucesso do educando.
“A escola se compõe de um conjunto de funções, (...) e todas elas influentes, de sorte que a maneira como são conduzidas as ações em uma determinada área, afetam, de alguma forma as ações de outra área”. (LÜCK, 2001,p.78)
 
A ausência do pedagogo na escola pública

Como já foi afirmado no início deste trabalho, a função do pedagogo está sendo exercida por outros profissionais da educação, fator este que pode comprometer o processo de aprendizagem. 
O pedagogo é o profissional habilitado (por lei e formação) a preparar, administrar e avaliar currículos, programas escolares, além de estabelecer vínculos entre instituições de ensino, comunidade, familiares dos alunos e autoridades do setor educativo.
“...a presença do pedagogo escolar torna-se, pois, uma exigência do sistema de ensino e da realidade escolar, tendo em vista melhorar a qualidade da oferta de ensino para a população”. (LIBÂNEO,2000,p.55)
A nossa intenção é colocar o pedagogo no lugar que é seu de direito, o qual vai somar com os outros profissionais da educação e não fazer concorrência, pois todos os profissionais da educação têm uma função específica no processo ensino-aprendizagem, e o sucesso da escola depende da ação conjunta de todos.

Conclusão

Como foi dito anteriormente a função do pedagogo não está sendo exercida pelo mesmo, fator este que pode comprometer a qualidade do processo ensino-aprendizagem, percebe-se que é urgente a necessidade de colocar este profissional no lugar que é seu de direito, afinal, o pedagogo é especialista em educação por excelência, ou seja, é aquele que detêm os métodos e técnicas a serem utilizados no processo ensino-aprendizagem.
Pensa-se que o resultado obtido nesta pesquisa satisfaz os requisitos de objetividade e pequena dimensão que pretendia atingir. Pensa-se também que constituirá um auxiliar útil, de referência para o leitor que pretenda conhecer as principais funções do profissional da pedagogia.  

REFERÊNCIAS
SILVA, Marinalva da. O pedagogo na escola: um profissional que faz a diferença. 2002. 52 p.
Monografia apresentada ao curso de pedagogia da UFMA, como requisito para a obtenção do grau de Licenciatura Plena em Pedagogia.
http://www.enciclopedia.com.br.
GADOTTI, Moacir. Educação e poder: introdução à pedagogia do conflito. Ed. Cortez. São Paulo. 1991.
 Francisco Duque S. B. Filho - Estudante do Curso de Pedagogia - Universidade Federal do Maranhão-UFMA




FONTE:http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=555

terça-feira, 13 de março de 2012

Seis atitudes que as mães podem aprender com os pais

Eles parecem mais relaxados no que diz respeito às crianças? É bem aí que moram as melhores lições paternas

 


Foto: Renata Angerami 
Renato e a filha Lúcia: "pais estimulam mais a experimentação do mundo"

A despeito de toda a idealização maternal sobre as mulheres, tidas como “mães natas”, o pai também tem um papel importante na vida dos filhos. Educar é um projeto conjunto e, de acordo com Rubens Maciel, psicanalista e pesquisador da paternidade, tanto pai quanto mãe irão preparar o filho para a vida, cada um à sua maneira. “Uma das funções importantes do pai é ir separando a criança da mãe”, comenta. “Senão, surge uma criança com receio de sair para a vida”.

Mas a função paterna vai muito além disso. Ao dar espaço para a participação masculina, as mães podem se surpreender e descobrir que eles têm uma abordagem com muito a ensinar. “A função de um acaba complementando a do outro”, diz a Supernanny Cris Poli, educadora e autora de “Pais Responsáveis Educam Juntos” (Mundo Cristão).

Conversamos com cinco pais sobre o que eles fazem de diferente da mãe em relação aos filhos e descobrimos que as atitudes deles também contam. Com a palavra, os pais.

1. Deixar os filhos se arriscarem

“Nós, pais, somos os guardiães oficiais das rodinhas de treino das bicicletas!”. A frase do escritor e vendedor Caio Melo, de 29 anos, resume bem o quanto os homens estão dispostos a tirar as crianças da zona de conforto. Pai de Daniela* (nome fictício), de três anos, e autor do blog Pais Modernos, Caio assume que, embora quase enfarte diante de cada risco que a filha corre, sente que a atitude é necessária. “Eu me sinto impelido a provocar esses saltos de independência e progresso”, diz, se referindo ao momento de soltar a mãozinha da filha para ver se já era capaz de andar sozinha.

As mulheres parecem ter uma tendência maior à proteção. “De maneira geral, o homem tenta passar para os filhos o valor de ‘sair para a vida’”, define Rubens Maciel. O escritor Renato Kaufmann, autor do blog Diário Grávido, concorda. Ele relembra quando colocou a filha Lúcia, hoje com três anos e meio, em um escorregador para crianças maiores. Ao saber da aventura, a mãe de Lúcia quase teve um treco. “Os pais estimulam mais essa questão de experimentar o mundo”, comenta.

2. Embarcar mais nas brincadeiras com as crianças

Comparado à esposa, o publicitário e autor do blog Potencial Gestante, Hilan Diener, 30 anos, se define como “aquele aluno da turma do fundão da sala de aula”. Pai de Benjamin, de um ano e seis meses, Hilan brinca de correr, pular e cair com o filho, coisa que a mulher não faz. “As brincadeiras com ela têm sempre um aprendizado, as minhas não: nem sempre existe um propósito”, afirma. Para ele, isso pode estimular ainda mais a criatividade da criança.

O analista de mídias sociais Rafael Noris e autor do blog Família Palmito, 22 anos e pai de Miguel, um ano e nove meses, concorda. “Dar pirueta e bagunçar a casa ajuda a criança no desenvolvimento motor e psicológico e também testa os limites, fazendo com que crie autoconfiança e aprenda a lidar com frustrações”.
 
Paula Pessoa Carvalho, psicóloga infantil e orientadora educacional, observa que os pais realmente são mais ativos ao brincar com as crianças. Para ela, a mulher costuma estar preocupada com tudo ao redor, principalmente por achar que precisa ser perfeita, e raramente se deixa levar pelo lazer. Mães, relaxem! O pai das crianças é tão responsável por elas quanto vocês.

3. Não ter tantas expectativas

As expectativas criadas em relação à criação dos filhos são grandes. E qualquer falha, para as mães, é culpa delas. Já alguns pais tendem a enxergar esta equação de forma diferente. “Desde o início, minha relação com a minha filha é mais limpa de expectativas”, compara Caio Melo. As pressões externas pelo desempenho do pai são menores e é mais fácil lidar com algum acontecimento que não siga o manual.

4. Dar menos importância às coisas pequenas

Ao dar almoço para a filha, Caio comenta que, se ela não come tudo, ele não se sente na obrigação de fazê-la terminar o prato. “Talvez ela já estivesse satisfeita, basta não oferecer porcarias até a próxima refeição”, diz. Para muitas mães, no entanto, ver um prato inacabado facilmente se torna um sinal de que ela está

5. Ser mais firme

Como nos velhos modelos clássicos da família, o pai pode ser mais incisivo na hora de dizer “não” e “agora chega”. Caio Melo que o diga. “Nós acabamos sendo mais concisos na hora de dar uma bronca e declarar que aquilo é inaceitável”, acredita ele. Renato Kaufmann concorda. Para ele, o papel de ser mais duro ainda é do pai. Não é não e pronto.

6. Ser mais paciente

Como criança adora mexer em tudo, muitas mulheres preferem simplesmente proibi-la de colocar a mão em um vaso que está na sala, por exemplo. Já o webmaster Danilo Santos, 28 anos, costuma deixar a filha Beatriz, de quase três anos, aprender as coisas na prática.

“Deixo a Beatriz experimentar, ver como as coisas funcionam. Querer proteger demais acaba impedindo o aprendizado da criança”, conta. Graças a esta filosofia, Bia ganhou a chance de bater o garfo e fazer sujeira com a comida algumas vezes. “Eu deixava ela fazer sujeira e depois falava que tínhamos que limpar. Hoje ela raramente faz isso e, quando faz, ela mesma já limpa”. Essa pode ser uma boa saída para as mães que estão cansadas de mostrar para a criança que aquilo não se faz – antes mesmo de a criança fazer.


Fonte:http://delas.ig.com.br/filhos/educacao/seis-atitudes-que-as-maes-podem-aprender-com-os-pais/n1597674852328.html


 

segunda-feira, 12 de março de 2012

Aluna diz que foi barrada em escola por corte de cabelo e roupa

Secretaria Estadual de Educação do Maranhão abriu investigação para apurar denúncia de racismo por parte de diretora

 

A Secretaria Estadual do Maranhão (Seduc) investiga um suposto crime de racismo contra uma adolescente de 19 anos. Ana Carolina Bastos, estudante do 2º ano do ensino médio da Unidade Integrada Estado do Pará, na periferia de São Luís, relata que foi barrada pela diretora no primeiro dia de aula.

Segundo a adolescente, no dia 23 de fevereiro a diretora Socorro Bohatem afirmou na entrada da escola que ela estava vestida de forma “inadequada”. Após reclamação de Ana Carolina, que se defendeu dizendo que outra jovem, de cor mais clara, usava uma roupa mais decotada que a dela e não foi barrada, a diretora teria explicado que ela não poderia entrar no colégio por causa do corte de cabelo estilo black power. “A outra (aluna) estava com chapinha e um vestido muito decotado. Foi meu estilo que não agradou a ela. Foi, sim, caso de racismo. Depois soube que não foi a primeira vez que isso aconteceu”, conta a estudante.




Foto: Arquivo pessoal 
Movimento negro protesta contra suposto ato de racismo envolvendo jovem Ana Carolina Bastos (de azul)


A aluna, que segue frequentando as aulas no colégio onde ocorreu o episódio, registrou queixa na polícia e pretende agora ingressar com uma representação contra a diretora no Ministério Público Estadual (MPE). A professora também exerce suas funções normalmente.
Em nota oficial, o governo informou que “vai ouvir as partes envolvidas e tomar as providências cabíveis”. Na sexta-feira da semana passada, dezenas de alunos e integrantes do movimento negro realizaram um protesto portando faixas e cartazes contra a ação da diretora em frente ao colégio. Aos alunos, a diretora afirmou que não teve um comportamento racista. O iG tentou convrsar com a docente, mas a secretaria da Educação informou que ela não pode dar entrevistas para preservar o processo de investigação.

A jovem Ana Carolina faz parte de um grupo de música afro em São Luís. Seu sonho é ser socióloga para tentar lutar pelas minorias na capital maranhense. “Quando fui barrada, minha irmã chorou e eu fiquei horrorizada. Tinha muita gente me olhando. Foi um massacre. Não estava ali para bagunçar. Vou para a escola para ser alguém na vida”, afirmou a estudante. “Eu tenho uma identidade negra. Não vou mudá-la”, acrescenta.
Esse é o segundo episódio envolvendo ações de racismo no Maranhão em menos de um ano. Em julho, a reitoria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) abriu procedimento administrativo para apurar a denúncia de que o professor José Cloves Verde Saraiva teria humilhado o estudante do 1º período do curso de Engenharia Química da instituição, Nuhu Ayuba. Até agora, o inquérito não foi concluído.



Foto: Arquivo pessoal 
Ana Carolina (de azul) participou de protesto contra o racismo em frente a escola no Maranhão
 

 Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/aluna-diz-que-foi-barrada-em-escola-por-corte-de-cabelo-e-roupa/n1597690504645.html

“Estamos desperdiçando talentos”, diz especialista em superdotados

Psicóloga alerta que muitas crianças com altas habilidades são diagnosticadas erroneamente. Estudantes precisam de atenção especial

Cristina Paulino Colavite cresceu vendo a mãe, professora de escola pública, quebrar a cabeça para estimular os alunos mais inteligentes de suas turmas. “Ela contava que alguns aprendiam mais rápido do que outros e sentia que precisava oferecer algo a mais a eles”, lembra. E por que alguns alunos aprendiam mais rápido do que outros? Em busca da resposta e fascinada pelos diferentes níveis e graus de aprendizagem dos seres humanos, Cristina resolveu se especializar em crianças com altas habilidades, os superdotados.
Psicóloga com pós-graduação em Psicologia Clínica, especializada em Educação Especial para alunos com capacidade acima da média, ela atuou na educação básica durante 20 anos. “Na minha concepção, deveria haver professores e psicólogos nas escolas. Educar significa dar amparo emocional também”, afirma.
Apesar de terem o rótulo de “gênias” e “superhomem”, Cristina destaca que as crianças superdotadas são em geral incompreendidas e sofrem. Muitas recebem diagnóstico errado de hiperatividade, déficit de atenção e são medicadas sem necessidade. Para orientar professores a trabalhar com esses alunos em sala de aula, Cristina dará um curso a partir do dia 15 de março no Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP).
Hoje, Cristina é membro do Conselho Brasileiro para Superdotação (CONBRASD), da Associação Brasileira para Altas Habilidades/superdotação (ABAHSD) e atende crianças, jovens e adultos em uma clínica particular. “Tenho recebido muitos pacientes com diagnóstico errado de hiperatividade e TDA (Transtorno do Déficit de Atenção). Crianças que estão tomando Ritalina aos 8 anos de idade, sem necessidade”, alerta.

Leia a entrevista concedida ao iG:

iG: Como identificar a criança com superdotação? A quais sinais os pais e professores devem estar atentos?
Cristina Colavite: É muito complexo, porque são crianças heterogêneas. Geralmente elas têm uma facilidade muito grande de aprendizado em diversas áreas do conhecimento, profundidade na percepção de mundo, nas sensações, nas observações, nos detalhes e um senso de justiça, ética e moral muito aguçado. São crianças que ficam indignadas com a injustiça e têm uma necessidade absurda de conhecimento, de desafio. Tem facilidade para fazer analogias, associar desde muito cedo o que veem, leem e ouvem. A memória é maravilhosa e elas conseguem organizar as informações. Uma criança comum passa por um menino de rua passando fome e repara. Mas, se logo na sequência há uma vitrine de brinquedos, ela esquece o menino. O superdotado não, ele quer saber por que a criança está lá, quem vai cuidar dela, se ela vai à escola, se ela tem família, e não para de fazer perguntas. Eles se envolvem com os assuntos.
Na sala de aula, elas acabam ficando com rótulos negativos. Porque o que o professor fala, para elas não é o suficiente e às vezes completamente banal. Então elas não prestam atenção e fazem bagunça, ou se fecham no seu mundo interno. São crianças desde muito cedo incompreendidas.

Esses sintomas podem ser confundidos com distúrbios emocionais?
Cristina Colavite: Sim. Erroneamente muitas crianças com altas habilidades são classificadas ou como apáticas, ou hiperativas e déficit de atenção. Elas sofrem e ficam com uma sensação de impotência fora do comum diante das injustiças, dos problemas sociais e políticos do País, por exemplo. Se não são orientadas, se fecham em uma redoma e muitas vezes não conseguem lidar com a frustração. Seu desenvolvimento cognitivo não é compatível com seu desenvolvimento emocional. Os superdotados têm ideais e profundidade no fazer acontecer, mas muitas vezes acabam sendo desestimulados pelos pais e professores, que dizem coisas do tipo “isso não é para a sua idade”, “quando você ficar mais velho vai entender”, “chega de tantas perguntas”, etc. Tenho recebido muitas crianças com diagnóstico errado de hiperatividade e TDA (Transtorno do Déficit de Atenção), que estão tomando Ritalina aos 8 anos de idade.

Como eles devem ser tratados na escola?
Cristina Colavite: Não se deve segregar. Eles devem conviver com as diferenças e devem ser geradas oportunidades para que eles encontrem seus pares. O ideal é ter um espaço extraclasse, com profissionais capacitados, no qual eles possam ter acesso a tudo o que necessitam para seu desenvolvimento pleno, inclusive cursos. Na minha concepção, deveria haver professores e psicólogos nas escolas. Educar significa dar amparo emocional também. O ideal é ter essa parceria, porque os psicólogos vão orientar como as crianças lidam com a aquisição do conhecimento, como se relacionam enquanto os professores vão transmitindo o conhecimento.

Mas são poucas escolas com esses profissionais. O que os professores podem fazer para estimular esses alunos?
Cristina Colavite: Não é uma coisa fácil e é por isso que estou dando este curso. Os professores precisam ter estratégias na elaboração de projetos para esses alunos. Cada uma vem com uma demanda. Eles têm que estar preparados para não minar essas crianças, e sim para estimulá-las. O papel é orientar essa demanda. Não pode falar “não” o tempo todo. “Agora não pode perguntar”, “isso você vai ver o ano que vem”. É direito da criança portadora de necessidades especiais ter um trabalho específico para seu desenvolvimento. Os superdotados também estão nesta classificação, pois a lei de diretrizes e bases diz que é necessário dar amparo específico.

Estima-se que 5% a 10% da população seja superdotada. Isso significa que em praticamente toda classe há cerca de dois alunos superdotados. Estamos desperdiçando talentos?
Cristina Colavite: A Organização Mundial de Saúde fala em 12% da população. Eu acho que este índice varia de 5 a 8% e acredito que em cada sala a gente tenha pelo menos um estudante com alta habilidade perceptível. Sem dúvida, estamos deixando de despertar nossos melhores políticos, administradores, matemáticos, cientistas, artistas, pesquisadores.

Os superdotados tem um perfil emocional distinto? São tímidos, sofrem bullying, tem problemas emocionais, dificuldades de expressão ou isso varia muito de criança para criança?
Cristina Colavite: Depende de cada criança. A maturidade significa desenvolver os recursos internos emocionais para lidar com as situações adversas do mundo. A criança não sabe fazer isso. Mediante a uma percepção de mundo muito aguçada, o desenvolvimento emocional estará sempre aquém. O desenvolvimento emocional tem que estar muito bem amparado para segurar essa percepção de mundo intensa. Educadores e pais têm que ouvir a criança, entender a demanda dela e não minar. Tentar entender suas necessidades. Olhar para a criança sem preconceito, sem a ideia de que todas são iguais. E procurar supri-las.

Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/estamos-desperdicando-talentos-diz-especialista-em-superdotados/n1597689953678.html

sexta-feira, 9 de março de 2012

Meninos também gostam de bonecas

Como os pais devem lidar com a predileção dos meninos por itens do universo feminino na infância

 

Foto: Divulgação 
Cena do filme francês "Minha Vida em Cor de Rosa", de 1997

Você se sente confortável olhando um menino brincar com bonecas ou cozinhar em lindas panelinhas? Nem todos os pais e mães conseguirão dizer “sim” com sinceridade. Isso se dá, em grande parte, porque a sociedade ainda não consegue assimilar a diferença entre gênero e sexualidade. Brincar de boneca, gostar de maquiagem ou experimentar as roupas da irmã não são sinais contundentes de homossexualidade.

Um menino pode desafiar o gênero masculino gostando de coisas definidas como “de menina” sem necessariamente se sentir atraído por outros garotos. “As crianças e os adolescentes têm necessidade de experimentar o mundo. Hoje, as crianças se sentem liberadas para algumas experiências que antigamente eram malvistas”, afirma a educadora Irene Maluf.

O que fazer
 
Pode-se enquadrar nestas experiências antes malvistas brincar com bonecas ou ter curiosidade com relação à maquiagem da mãe. Em uma sociedade onde o homem troca fralda dos filhos e cozinha para a mulher que trabalha até tarde, torna-se razoável a ideia de que os filhos também transitem com mais facilidade entre as tarefas anteriormente associadas a cada gênero.

“Brinquedos podem ser considerados unissex em uma sociedade onde os homens desempenham funções antes tidas como femininas”, aponta Irene.
Para os pais que convivem com essa realidade, a recomendação é deixar o filho fazer suas descobertas, sem cobrança ou punições. “Não adianta proibir de brincar com determinados brinquedos. Se o pai não se sente confortável, pode apenas evitar comprar, por exemplo”, recomenda Ana Lucia Gomes Castello, psicóloga do Hospital Infantil Sabará.
Além de uma questão de curiosidade e experimentação, alguns meninos se interessam por objetos tipicamente femininos devido aos exemplos com os quais convive. Um dos conselhos de Ana Lucia é introduzir à rotina da criança figuras masculinas para que ela possa formar sua personalidade de forma mais autêntica. “Vemos muitos meninos que ficam com mães e avós e acabam sem uma figura masculina para entender que existem dois gêneros. Ampliar suas referências do universo masculino também é importante para a criança.”

E quando os pais notam que a fase de experimentar itens do universo feminino não passa? "Nossa cultura é machista e a grande maioria não lida com o fato de ter um filho gay com naturalidade. Se os pais percebem que essa tendência realmente existe, devem entender que a orientação sexual de um filho não irá mudar quem ele é", afirma a sexóloga Carla Cecarello.


Criança transgênero

Algumas mães conseguem lidar com mais naturalidade diante de um filho com predileções femininas. É o caso da blogueira norte-americana que se identifica apenas como “mãe do C.J.”, seu filho de cinco anos.
Ela o define como uma criança que desafia padrões de gênero. No blog, a mãe descreve C.J. como “a criança mais encantadora que já se viu (...). Suas paixões incluem Barbie, Princesas da Disney, Moranguinho e cabelos e sapatos femininos”.
“C.J. brinca com coisas de menina desde os dois anos. Achamos que era uma fase, mas não foi. Cresci com um irmão gay e vejo muitas similaridades entre os dois”, relata. O que ainda é apenas uma percepção pode se tornar real no futuro, de acordo com Irene. “A sexualidade de um indivíduo é definida por volta dos dois anos. Se ele for homossexual, será desde essa idade”, diz Irene.
Um pouco diferente de C.J., o filho de Amelia, também norte-americana e blogueira do Huffpost Gay Voices, tem sete anos e não se interessa pelo universo feminino – ele se identifica como homossexual e adora o personagem Blaine, da série de TV “Glee”, a quem chama de “meu namorado”. “Meu filho se identifica como sendo gay porque tem sentimentos românticos por garotos. Ele não se enquadra em estereótipos. Sabemos que não foi uma opção dele gostar de meninos, se isso se conservar dessa maneira no futuro. É um filho maravilhoso e nós o amamos independente de sua orientação sexual”, conta a mãe.
A mãe de C.J. e Amelia não são as únicas a encararem de frente uma situação que seria embaraçosa para muitos pais. Blogs e livros discutindo a questão da criança transgênero são cada vez mais comuns e dão vozes às mães que passam pelas mesmas dúvidas e inseguranças. O debate também é retratado em filmes como o francês “Minha Vida em Cor de Rosa” (Ma Vie en Rose), de 1997, e “Uma Família Bem Diferente” (Breakfast with Scot), comédia dramática canadense de 2007.
Essas mães, no entanto, não são a regra. “Na maioria dos casos os pais não percebem a homossexualidade dos filhos porque isso não é uma possibilidade até então. Quando uma mãe fica grávida pensa várias coisas, mas jamais vai cogitar se o filho será gay”, explica Edith Modesto, presidente do Grupo de Pais de Homossexuais.
“Embora gostar de coisas femininas não seja um sinal contundente de homossexualidade, trabalhar com essa hipótese desde a infância do filho pode ajudar as mães a sofrerem menos, por ganhar tempo para se preparar para ter um filho diferente do que a sociedade diz para ela que é o correto”, finaliza Edith.


 Fonte:m.br/filhos/meninos-tambem-gostam-de-bonecas/n1597669258490.html