terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Adolescentes e contas bancárias

É importante que qualquer adolescente compreenda que uma conta bancária é uma forma rápida e fácil de:
• manter o dinheiro em segurança de forma a poder usá-lo quando e como necessitar;
• fazer circular o dinheiro rapidamente, quer no que toca a pagamentos quer a transferências;
• ter dinheiro disponível com facilidade quando se desloca para outros países;
• ter a possibilidade de obter empréstimos;
• controlar e gerir o dinheiro da melhor forma.

Porquê uma conta bancária
?

O que um adolescente precisa com maior "urgência" (e os bancos oferecem o serviço) é uma conta corrente. Uma conta que proporciona as seguintes funcionalidades:
• acesso ao dinheiro através das agências do banco e de caixas multibanco, uma vez que é fornecido um cartão de débito;
• pagamento rápido e simples de despesas com cartão de débito;
• serviço de pagamento de facturas para despesas fixas como ginásio, quotas de um clube desportivo, etc;
• registo detalhado e diário das transacções efectuadas;
• gestão da conta online ou por telefone.
Uma nova conta pode ser aberta em qualquer balcão de um banco (a melhor solução) ou online.
Vários bancos têm contratos especiais para adolescentes e estudantes que podem incluir: ofertas aquando da abertura de conta (CD, DVD...), bónus financeiros e free banking. Este último aspecto é importante, uma vez que corresponde à isenção de despesas de manutenção da conta bancária. Não esquecer que um cliente médio paga cerca de cento e sessenta euros anuais em serviços bancários.
E não se preocupe, o banco não está a ser generoso – está à espero que o jovem cliente cresça, uma vez que a maior parte das pessoas mantêm as contas até ao final da sua vida.

Contas de depósito a prazo

Se o "seu" adolescente for poupado, poderá optar por uma conta (conjunta?) de depósito a prazo, que lhe pagará juros sobre a quantia depositada, em função do valor depositado e da antecedência para dar ordem de levantamento. Sobre estas contas convém saber que:
• As contas dirigidas a jovens tendem a pagar juros mais elevados, o que é positivo.
• Se outro banco lhe oferecer uma taxa e condições melhores não deve hesitar em mudar pois, no que toca a bancos, a lealdade não costuma trazer grandes compensações.
• É importante ter a certeza de que o dinheiro depositado não será necessário nos tempos mais próximos, para que não seja obrigado a levantá-lo de repente e, assim, perder juros.
• Deve ler-se com atenção "as letras pequenas" da documentação referente à conta e pedir todos os esclarecimentos de que necessita para não ter dúvidas sobre a forma como o dinheiro é aplicado.








 Escolher um banco

Perante a vasta oferta existente, eis alguns conselhos válidos:• Considerar a hipótese de abrir uma conta no mesmo banco que os pais e/ou outros familiares, uma vez que o conhecimento do gestor de conta e o facto de o dinheiro da família aí estar aplicado poderá proporcionar um serviço melhor.
• Dar mais atenção aos bancos corporativos, que também pertencem aos clientes.
• Avaliar o valor real das ofertas proporcionadas pelos diferentes bancos. Não deixar que as ofertas de abertura de conta nos "distraiam" do que realmente interessa: ter uma conta que nos dê aquilo que queremos.
• Escolher um banco que tenha pelo menos uma agência próxima de casa ou da escola, pois não faz sentido andar quilómetros para tratar de um assunto.
• Negociar de forma a obter free banking, ou seja, que não sejam cobradas taxas de utilização para os diferentes serviços do banco enquanto o cliente for menor/estudante.

Cartões de crédito

É frequente que, assim que faz dezoito anos, o jovem cliente comece a receber propostas (regra geral, aliciantes) para pedir um cartão de crédito. É tentador e qualquer um se sentirá "importante" com um cartão de crédito na carteira. Mas o que não podemos esquecer é que, basicamente, um cartão de crédito é um empréstimo pessoal demasiado caro. Não é mau e pode revelar-se muito útil. Mas antes de requisitar um é importante saber como funciona. Eis os aspectos básicos:
• Um cartão de crédito dá acesso a um valor limitado de dinheiro (o plafond do cartão). É, afinal, o valor do empréstimo.
• Sendo um empréstimo, o banco cobra juros sobre o dinheiro disponibilizado através do cartão de crédito. E enquanto num empréstimo para aquisição de carro esse juro poderá ser de sete por cento, o valor médio de juros cobrados no cartão é, regra geral, maior ou igual a vinte e cinco por cento.
• É (demasiado) fácil gastar o plafond. O cartão pode ser utilizado para pagar bens ou serviços e, pagando uma taxa extra, para levantar dinheiro num multibanco.
• Todos os meses os utilizadores do cartão recebem um extracto que informa quanto dinheiro foi gasto com o cartão e onde.
• Existem diferentes tipos de acordos para liquidação da dívida do cartão de crédito. Mensalmente, o utilizador do cartão pode optar pagar logo todo o dinheiro que deve ou fazer um pagamento mínimo.

É importante frisar que os cartões de débito, os chamados "cartões Multibanco", não são cartões de crédito (embora tal possa acontecer mas nesse caso tal resulta de acordo entre o banco e o titular da conta). Ou seja, quando o cartão de débito é utilizado para fazer um pagamento ou levantar dinheiro a quantia em questão é rapidamente retirada da conta. E se na conta não houver dinheiro suficiente para cobrir a despesa em questão, o pagamento/levantamento é negado. Quais são, para utilizadores disciplinados e não impulsivos, os benefícios de um cartão de crédito?
• Permite adiar pagamentos até um máximo de seis semanas, devido ao intervalo entre a altura em que a despesa é feita e a data em que o banco cobra.
• Alguns cartões oferecem seguros de viagem ou o acesso a condições favoráveis na aquisição de produtos/serviçoes resultantes de acordos feitos com várias empresas.
• Torna fácil a reserva de viagens e estadias, sobretudo no estrangeiro.
• Pode ser a forma mais cómoda da fazer pagamentos fora do país mas recomenda-se que, antes de partir, se obtenha informação sobre quais as taxas cobradas pelo serviço nos vários países – pode não ser vantajosa.

E se lhe perguntarem como é que os bancos ganham dinheiro...
Diga que boa parte do lucro que os bancos obtêm dos clientes (adultos) vem da venda de serviços financeiros como empréstimos, hipotecas sobre imóveis e cartões de crédito. Um banco é uma espécie de loja que oferece serviços financeiros mas cabe ao cliente a decisão de "comprar" os serviços de que necessita e que têm valor para si.

Fonte:http://www.educacao.te.pt/pais_educadores/index.jsp?p=86&id_art=280

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