quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Volta às aulas sem trauma

Organização e diálogo com as crianças são fundamentais para retomar a rotina em casa e na escola com tranquilidade

 

As férias de verão chegam ao fim e, com o início do novo período letivo, horários e responsabilidades voltam a fazer parte do dia a dia das crianças. Para que o retorno às aulas seja tranquilo, a mãe deve organizar o ajuste à realidade com a participação do maior interessado nessa história: o filho.
Thinkstock/Getty Images
Especialistas recomendam que os pais deixem a criança participar 
do processo de preparação para a volta às aulas
 
Na casa da escrevente Lisandra de Andrade Pereira, mãe de Natália, 9, a preparação começa em dezembro. “Juntas, guardamos o material que ainda será útil no ano seguinte. A compra do material novo fica para depois da temporada na praia”, conta a mãe. Os horários são regulados duas semanas antes do primeiro dia de aula. “Ela não reclama de ir para a cama cedo porque já entende que, assim, não terá dificuldade para prestar atenção às explicações.”
A enfermeira Regina Gimenez também habitua seu filho Bianco, 9, a dormir mais cedo com antecedência. “Ele é moleque, resmunga um pouco, mas obedece. E quando já está em aula percebe que foi melhor para ele”, diz. Outro costume da enfermeira é conversar sobre a escola com o menino. “Ele fica mais animado, lembra que vai rever os amigos. Fica mais fácil aceitar voltar a antiga rotina”, afirma Regina.
As atitudes das duas têm tudo a ver com as dicas de três especialistas em educação infantil para uma volta às aulas sem traumas. Confira e coloque em prática com seus pequenos.
Deixe a criança participar da compra dos materiais novos
Além de ser importante ela gostar dos itens de papelaria que usará e se familiarizar com os novos livros, esta é uma ótima chance para conversar sobre dinheiro. “Se o que a criança escolher estiver fora das possibilidades da família ou for supérfluo, a mãe deve explicar isso com naturalidade e ajudá-la a encontrar alternativas”, afirma a psicopedagoga Denise Mattos.
Prepare o uniforme alguns dias antes
Novo ou usado, o uniforme precisa estar limpo e passado para o começo das aulas. Um ou dois dias antes, chame seu filho para conferir a quantidade de peças, ajudar a dobrá-las e decidir quando cada uma será usada. Segundo a psicopedagoga Andrea Garcez, a lembrança da rotina escolar anima: “As crianças ficam ansiosas para rever os amigos e contar as novidades das férias.”
Leve a criança à nova escola antes do início das aulas
É natural o aluno se sentir inseguro ao mudar de escola. Nesse caso, pais e instituição devem trabalhar juntos para deixá-lo à vontade. A coordenadora Silvana Leporace conta que a maioria dos colégios organiza um encontro para professores, alunos novos e seus pais antes do início das aulas. “Caso não dê para a família ir ou isso não esteja na programação escolar, fale com a direção e agende uma visita para que a criança pelo menos conheça o ambiente”, aconselha.
Arquivo pessoal
Lisandra antecipa o horário de dormir e acordar da 
filha Natália um pouco antes do início das aulas: "Ela 
não reclama"
Faça um quadro com os horários das atividades semanais
Pode ser um quadro negro, branco, de cortiça ou de metal. A psicopedagoga Andrea Garcez ensina: a mãe desenha uma tabela com os dias da semana e as horas e, com a participação do filho, anota a grade de aulas, as atividades extracurriculares e até os intervalos para descanso. “Ele pode riscar os dias, fazer contagem regressiva para algum acontecimento. Um calendário ao lado é um bom auxiliar”, recomenda.
Antecipe a retomada dos horários de dormir e acordar
Alguns dias antes do início das aulas, coloque a criança para dormir mais cedo e a acorde no horário que será adotado no ano letivo – se ela voltar à escola sem o sono adequado, seu desempenho poderá ser prejudicado. “Se possível, crie atividades que motivem a criança a permanecer desperta, mesmo sabendo que não tem aulas nesse período”, sugere Silvana Leporace, coordenadora do serviço de orientação educacional do Colégio Dante Alighieri,em São Paulo.
Promova uma reunião com os coleguinhas no fim das férias
“Encontrar os colegas fora da escola é muito bom para a sociabilização”, defende Andrea Garcez. Ela propõe que a mãe estimule a criança a convidar também aqueles com quem simpatize, mas não tenha tanta amizade. “É uma oportunidade para mudar uma imagem, conhecer novas realidades”, ressalta.
Não pressione o aluno repetente
Embora a situação seja chata, deve ser enfrentada com atitude positiva. “O aluno repetente perde os colegas e as referências. No início das aulas, a mãe deve transmitir confiança, acreditar que agora ele será capaz”, afirma Silvana. A psicopedagoga Denise Mattos complementa: “Nada de frases como ‘Neste ano a responsabilidade é maior’. Reforço negativo é a última coisa de que a criança precisa.”
Garanta que o responsável por buscar a criança não se atrase nos primeiros dias
A cabeça atarefada do adulto muitas vezes não se dá conta de que as crianças, principalmente as menores, podem ter medo de ser esquecidas na escola. Por isso, Silvana Leporace alerta que o responsável por buscá-las deve ter cuidado redobrado nos primeiros dias de aula e estar na porta assim que elas saírem. “Avistar o adulto é muito importante. Sabendo que não serão deixados para trás, os pequenos se sentem seguros e amados.”

FONTE:http://delas.ig.com.br/filhos/2013-01-28/volta-as-aulas-sem-trauma.html

 

Um comentário:

  1. Oi Elisabeth!
    Os pais, realmente, devem tomar esses cuidados e a atenção deve ser maior quando a criança muda de escola. Parabéns pela postagem!
    http://jefhcardoso.blogspot.com lhe espera. Abraço!

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